Yes: Steve Howe admite que banda era muito competitiva com Genesis e ELP
Por Igor Miranda
Postado em 29 de outubro de 2020
O guitarrista Steve Howe admitiu, em entrevista ao Ultimate Classic Rock, que sua banda, o Yes, adotava uma postura bastante competitiva em relação a outros nomes do rock progressivo na década de 1970. Ele citou dois exemplos em especial: Genesis e Emerson, Lake & Palmer (ELP).
O assunto veio à tona depois que o entrevistador revelou que o tecladista do Genesis, Tony Banks, mencionou adorar o "The Yes Album", disco lançado pelo Yes em 1970. Em seguida, o jornalista perguntou se Steve Howe gostava dos álbuns do Genesis.
"Não sei se devo ser honesto, mas acho que o Yes tinha uma característica muito britânica que ninguém admite - éramos muito esnobes. Você conhece essa palavra? É usada na América? Talvez usada sobre britânicos?", respondeu, inicialmente, aos risos.
Em seguida, Howe admitiu: "Não iríamos ser influenciados por eles. A menos que seja só eu, mas acho que se você perguntar a outros membros do Yes em uma situação honesta, eles devem concordar com esse mesmo 'crime'. Éramos assim particularmente com o ELP".
O guitarrista comentou que essa sensação relacionada ao ELP ocorria porque eles realmente admiravam Keith Emerson, Greg Lake e Carl Palmer. "Eles eram incríveis! Mas não ouvíamos muito deles porque se começássemos a tocar daquele jeito, estaríamos perdidos", declarou.
Definindo esse pensamento como "muito egoísta", Steve Howe comentou que o Yes "queria pensar em si mesmo como a banda de rock definitiva dos anos 70". "Não éramos assim porque éramos bons - era por sermos incrivelmente bons. Espero que, ao publicar isso, você coloque as minhas risadas ocasionais, para que possam ver como estou dizendo isso", afirmou, entre risos.
Falando de forma um pouco mais séria, o músico destacou que há uma "confiança juvenil" divertida no período de auge do Yes. "A determinação e a direção musical eram tão boas, com Bill (Bruford) tocando bateria, Chris (Squire) no baixo, Tony Kaye (tecladista) sendo incrível e Jon Anderson cantando. Poder entrar naquele 'The Yes Album'... havia uma química incrível ali. Achávamos que éramos melhores que os outros (risos). Não iríamos bancar os líderes de torcida do Genesis", disse.
Por fim, Steve Howe pontuou que deu várias risadas enquanto respondia à pergunta porque não sabe se outros colegas são tão honestos a respeito de seus egos. "Aprendemos ao longo dos anos que só há uma coisa a oferecer a outros músicos: o máximo respeito. Você sabe que é difícil. Suavizamos muito em 'Tales From Topographic Oceans' (1973), mas seguimos e nos reinventamos em '90125' (1983). Todos nos sentimos livres de que o Yes era a banda definitiva de rock, pois tentamos criar outras bandas definitivas no lugar daquela", concluiu.
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