Greta Van Fleet: como o Brasil, em especial favela no Rio, influenciou novo álbum
Por Igor Miranda
Postado em 09 de abril de 2021
O Greta Van Fleet lançará, na próxima sexta-feira (16), seu segundo álbum de estúdio. Intitulado "The Battle at Garden's Gate", o trabalho reflete muitos aprendizados obtidos pela banda após alguns anos percorrendo diversos países em sua primeira turnê mundial.
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Em entrevista a Rodrigo Ortega, do G1, o vocalista Josh Kiszka contou que há composições em "The Battle at Garden's Gate" influenciadas pela situação de pobreza vivida por muitas pessoas em todo o planeta. Um desses episódios envolveu o Brasil - mais especificamente, uma favela no Rio de Janeiro -, durante passagem do grupo pelo país em 2019.
Inicialmente, Josh comentou: "Foi intenso sair da cidade onde crescemos, com 5 mil pessoas, e ver muita coisa diferente. [...] A coisa mais bonita e importante é conhecer pessoas e ver costumes e tradições diferentes, mas tanto em comum. Mas você vê coisas... Acho que a pobreza chocou a gente. A gente não cresceu com essa pobreza, então você processa e pensa: qual é meu papel?".
O cantor, em seguida, menciona que ficou impressionado com uma favela no Rio de Janeiro. "A gente estava indo embora de um show. Eu nunca vi uma coisa assim. Foi muito diferente para mim. E aí você vê outros lugares e percebe que isso faz parte do mundo, de onde a gente vive", disse.
Uma música do novo álbum, em especial, aglutina todas as reflexões ligadas à pobreza vista no Brasil e em outros países do mundo: "Tears of Rain". "Você percebe o quanto tem sorte de só nascer assim, perceber a condição menos confortável de outras pessoas e se colocar nesse lugar. É muito literal em algumas faixas. Estamos discutindo certos grupos de pessoas buscando salvação. Especialmente em músicas como 'Tears of Rain'. Ela fala sobre isso", afirmou.
Conduzindo a entrevista, Rodrigo Ortega apontou que, inicialmente, pensou que "Tears of Rain" abordaria "a destruição da Amazônia, pois a letra fala sobre fogo no planeta e as pessoas rezando por chuva". Josh Kiszka, então, explicou a relação com a pobreza.
"Essa é uma interpretação (sobre a floresta) mais literal. É certamente uma parte da música. Mas, por outro lado, ela é também como uma pintura de Salvador Dalí, uma imagem que funciona como analogia das pessoas no deserto procurando pela chuva. Tudo é uma terra seca. Não há água, não há fonte de vida. Mas somos otimistas no fim", comentou.
A entrevista completa com Josh Kiszka pode ser lida no site G1.
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