Rita Lee: "era para a gente estar nos Jetsons e estamos voltando para os Flintstones"
Por Igor Miranda
Postado em 27 de setembro de 2021
A cantora Rita Lee fez uma reflexão sobre o Brasil atual em entrevista ao jornal O Globo. O bate-papo, inicialmente motivado para divulgar a exposição sobre sua carreira que está em cartaz no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, também trouxe várias opiniões da artista, que não concedia entrevistas desde seu recente diagnóstico de câncer.
Ao ser perguntada o que mudaria caso tivesse uma varinha de condão, Rita respondeu: "Se pudesse fazer um 'plim', com uma varinha de condão, seria para ajudar o Brasil, ajudar os nossos bichos, ajudar a natureza... mandaria muita gente poderosa para a Idade Média".
Sem citar nomes, a famosa cantora disse que é "assustador ver gente no comando com mente tão ultrapassada". "Era para a gente estar nos Jetsons e estamos voltando para os Flintstones", declarou.
Na visão de Rita, o Brasil "parece ter um carma estranho", algo que, para ela, "começou com o genocídio indígena", em referência ao processo de descobrimento do país por parte dos portugueses. "Estava vendo na TV uma velha indígena, do (povo) Krenakore. Ela falava: 'nós tínhamos um rio, eu tinha todo tipo de cura na natureza'. E tiraram o rio dela! É desrespeito atrás de desrespeito com indígenas, com bichos - que são tratados como coisas. Se a gente não parte disso, como é que vamos mudar alguma coisa para melhor?", refletiu.
"O que é errado?"
Em outro momento da entrevista, Rita Lee posicionou-se de forma contrária a preconceitos que relata observar no dia-a-dia. "Me enche o saco quando ouço pessoas preconceituosas reproduzindo papos de que 'a mulher é inferior ao homem', ou dizendo que ser gay é errado", afirmou.
A artista, então, questionou: "O que é errado? O diferente de você é errado? Eu quero é o diferente. Quero viver num mundo colorido, com todo tipo de etnia, pele, cabelo, gente, bicho, planta e de ETs - mesmo que disfarçados - andando por aí. Eu sou do arco-íris, gosto da luz".
Por fim, concluiu: "Me enche o saco o racismo, a misoginia, a homofobia. Não tenho paciência para isso! Eu tô velha! Queria chegar em 2021 e perceber mais respeito no mundo. E não ter que continuar falando sobre isso. Mas só se muda com educação. Respeito, educação e liberdade. As pessoas têm de ser livres para serem felizes como elas são. Está tudo muito difícil no mundo, precisamos de mais luz e de mais alegria".
A entrevista completa de Rita Lee pode ser conferida no site do jornal O Globo.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
O guitarrista que Jimmy Page admitiu estar fora de seu alcance: "Não consigo tocar"
Fender lança linha de instrumentos em comemoração aos 50 anos do Iron Maiden
Monsters of Rock confirma as 7 atrações da edição de 2026 do festival
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
O Melhor Álbum de Hard Rock de Cada Ano da Década de 1980
Evanescence anuncia turnê mundial para 2026
Os cinco maiores bateristas de todos os tempos, segundo Dave Grohl
A banda clássica que poderia ter sido maior: "Influenciamos Led Zeppelin e Deep Purple"
Em publicação sobre "Rebirth", Angra confirma Alírio Netto na formação atual
Men At Work anuncia show extra em nova turnê nacional
O único "filme de rock realmente bom" da história, segundo Jack Black
As três bandas clássicas que Jimmy London, do Matanza Ritual, não gosta
As quatro músicas do Metallica que James Hetfield considera suas favoritas
Parceria com Yungblud rende marca histórica ao Aerosmith

Os 11 artistas que Rita Lee alfinetou no clássico "Arrombou a Festa"
O dia que um cara chamado "Dudu Bonde Errado" uniu RPM, Rita Lee e Camisa de Vênus
Rita Lee odiava ouvir Rita Lee segundo Rita Lee: "Ela me irrita bastante!"
A curiosa letra original no feminino de "Balada do Louco" que Rita Lee compôs
Quando Raul Seixas fingiu ser gringo para tentar conquistar Rita Lee - e se deu mal


