David Ellefson: primeira entrevista após saída do Megadeth; "feliz por estar onde estou"
Por Emanuel Seagal
Postado em 20 de outubro de 2021
David Ellefson, ex-baixista do Megadeth, concedeu uma entrevista ao Aftershocks TV ao lado dos seus colegas do The Lucid, sua nova banda. Confira abaixo alguns trechos do bate-papo transcritos pelo Whiplash.Net.
Ao ser questionado se ele se sentia mais livre agora para uma maior exploração musical, estando fora do Megadeth, do que antes quando tinha que se focar em thrash metal e no legado da banda, ele disse: "Bem, olhe, o Megadeth sempre será meu legado, porque ajudei a começar a banda. [...] Honestamente, sempre fui livre e sempre estive explorando. Acho que provavelmente nos primeiros 20 anos, até 2002, quando aquela banda se separou oficialmente, tudo sempre foi feito para aquela única causa, e então um dia, inesperadamente, isso acabou."
"Eu acho que minha exploração do que a vida tem para oferecer começou em 2002. Eu não queria começar outra banda depois disso. Na verdade, eu desisti das bandas (risos), eu falava, tipo, 'É isso. Acabou.' Fiz uma. Chgeamos ao topo. Sei o que é preciso para chegar lá. É muito trabalho duro, muita sorte, muito 'estar no lugar certo, na hora certa', e muito elementos realmente inexplicáveis que fazem tudo isso acontecer. E eu pensei: 'Isso foi uma coisa única na vida. Isso nunca vai acontecer novamente. Se eu for convidado para participar de algo, vou levar em consideração, mas caso contrário, acho que agora vou fazer música pela música e só fazer porque eu curto, porque eu gosto.' E foi então que surgiu o F5, cerca de um ano depois. Então, aqueles caras meio que me convidaram para tocar com eles, para ser honesto com você, e nós fizemos ótimas músicas juntos. Eu disse aos caras, 'Nunca planeje ganhar nenhum dinheiro com isso. Vamos apenas fazer isso de graça e por diversão e apenas porque amamos fazer música.' E eu precisava disso, para ser honesto com você. Eu precisava apenas sentir a alegria de volta na música e tocar e apenas me conectar com o motivo pelo qual me apaixonei por rock 'n roll, e tocar baixo, e entrar em uma sala de ensaio com os caras e fazer música de novo."
Ele continuou: "Nos anos 2000, ter aquele tempo longe para apenas me reinventar e apenas novamente me apaixonar por fazer música de novo, para mim, isso sempre esteve lá. E eu tenho estado ativo, eu tenho estado ativo gravando discos e outras coisas nesses últimos anos de qualquer maneira. E eu não diria que é por necessidade, porque, honestamente, estou bem em não ter que apenas fazer música por dinheiro, mas fazer música para me divertir, o que tem sido legal. [...] Ter o luxo de trabalhar com várias pessoas ao redor do mundo, fazendo música, honestamente, eu realmente faço isso para me divertir. Foi uma bênção poder fazer isso. Acho que quando você é jovem e está sendo pressionado e não tem outras opções, isso é um grande motivador para realmente se concentrar e detonar, e acho que todos precisávamos disso quando éramos mais jovens."
"[...] Eu sempre farei música, e para ser sincero com você, eu não forço. Deixo um baixo e algumas guitarras e um piano e outras coisas aqui na casa. Alguns dias eu vou lá e penso 'Ah, não estou com saco para isso esta noite', e sigo andando e não sinto nenhum arrependimento, e outros dias eu pego o baixo e escrevo algumas coisas e gravo no meu telefone, e apenas catalogo ideias ou sento e escrevo letras só para manter as ideias fluindo. Porque sempre que entro em uma sessão ou em qualquer tipo de ambiente de composição, gosto de chegar com algumas coisas, ter algo. É divertido criar pela criação e não porque tenho que ser motivado por qualquer outra coisa. Acho que estou feliz por estar exatamente onde estou. Para ser honesto, estou perfeitamente contente e feliz onde estou agora. Não vou mentir, está perfeitamente bem. Estou muito bem."
Confira o bate-papo completo em inglês, sem legendas, no vídeo abaixo.
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