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Raul Seixas: a inusitada reação de Paulo Coelho ao saber da morte do compositor

Por Gustavo Maiato
Postado em 24 de janeiro de 2022

O escritor Paulo Coelho e o compositor baiano Raul Seixas construíram uma bonita parceria, que rendeu músicas como "Tente Outra Vez" e "Como Vovó Já Dizia". Mas como será que seu companheiro ficou sabendo da morte de Raul, que aconteceu no dia 21 de agosto de 1989? E qual foi sua reação?

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Em entrevista recuperada pelo Podcortes Retrô, Paulo Coelho relembra que, na ocasião da morte de Raul Seixas estava na Europa e a comunicação era muito difícil.

"Eu estava fazendo um caminho sagrado, que era o caminho de Roma. É tipo o caminho de Santiago, que se passa no espaço. Você vai do ponto A para o ponto B. Esse caminho funciona assim: você tem que ficar 70 dias naquele lugar. Então, estava fazendo esse caminho de Roma, nos Pirineus. Eu estava seguindo o caminho dos Cátaros, uma ordem europeia. Era uma ordem que se opôs à Igreja Católica. Eu estava em um castelo Cátaro na véspera da morte do Raul e tive uma sensação muito estranha. Me lembro como se fosse hoje. Eu estava com a Mônica, minha a gente e amiga, e lembro de ver ela sentada com um pôr-do-sol lindo. Não vi essa paisagem muito clara. Passou, jantamos, fomos dormir. No dia seguinte, chamei a Mônica. Continuamos seguindo e eu falei que ia ligar para minha mulher. Queria falar com ela. Eu tinha três moedas de cinco francos. Estávamos no meio do nada. Parei em uma cabine no meio de lugar nenhum, botei a moeda. A Cristina atendeu. Eu perguntei se estava tudo bem. Ela falou: ‘Mais ou menos, te conto?’. Aí a primeira moeda se foi. Coloquei a segunda moeda e perguntei: ‘Te conto o que, Cristina?’. Ela falou que não sabia se contava ou não, porque eu estava no caminho sagrado. Eu falei: ‘Cris, só tenho mais cinco francos! O que houve?’. Aí ela disse: ‘O Raul morreu’. Acabou, cortou a comunicação. Fiquei com aquela frase na cabeça. Voltei para o carro e disse para a Mônica que o Raul tinha morrido. Ela perguntou: ‘Que Raul?’. Eu falei que era o Raul Seixas. Ela tinha 20 anos. Expliquei que era o cantor. Ela perguntou qual era minha relação com ele. Tive que explicar que nós escrevíamos músicas juntos. Ela nem era nascida nessa época! Aí ela mudou logo de assunto, como se o assunto fosse que o bar estava fechado e não dava para comprar água mineral", comentou.

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Em outro trecho, Paulo Coelho explicou como se sentiu nos momentos depois que soube da morte de Raul Seixas. Ele também afirmou que a ficha só caiu meses depois, quando conversou com um amigo em comum.

"Depois, fiquei sozinho e comecei a pensar na morte dele. Eu só ia saber o que houve daqui dois dias. Não tinha mais moeda, não conseguia telefonar. Me deu uma imensa alegria naquele momento. Eu estava naquela floresta cantando nossas músicas. Uma coisa forte. Que legal, ele viveu a lenda pessoal dele. Ele ia virar um mito. Ainda estamos falando do Raul. Eu fiquei com aquela sensação. Cantei as músicas como se ele estivesse ali perto. Então, sonhei que ele estava muito bem. Numa posição fetal, dourado, dentro da água. Dois dias depois, consegui falar com a Cristina e meu pai. Eu não tinha acesso ao jornal. Ficou essa alegria. Seis meses depois, falei com um amigo comum, o Edinho. Falamos pelo telefone, comentamos sobre a morte do Raul. Aí sim, comecei a chorar, chorar compulsivamente. Aí você entende não a dramaticidade da morte, mas o fato de nunca mais ver aquela pessoa. Não vai poder mais brincar com ela, apertar a mão. O choro durou mais de uma hora. Senti que minha alma tinha sido lavada. Todas as coisas que eu tinha guardadas, algum ressentimento, tinha sido lavado", completou.

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Sobre Gustavo Maiato

Jornalista, fotógrafo de shows, youtuber e escritor. Ama todos os subgêneros do rock e do heavy metal na mesma medida que ama escrever sobre isso.
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