Como CDs e MP3s decepcionaram Jimmy Page
Por Emanuel Seagal
Postado em 22 de maio de 2022
Quando a revista britânica Classic Rock lançou sua primeira edição Jimmy Page já era um dos mais conhecidos e respeitados ícones do rock. A revista chegou a marca de 300 edições e em sua edição comemorativa entrevistou o guitarrista do Led Zeppelin, que entre outros assuntos deu sua opinião sobre CDs e MP3s.
"Eu nunca parei de ouvir vinil. Fiquei muito decepcionado quando o CDs apareceram porque eu não gostei do som deles. Muito foi perdido com os CDs, e depois com as MP3s, eles tiraram muito da profundidade, toda a qualidade 3D, ou até 5D, da experiência auditiva. Foi ótimo ver o retorno do vinil. Além do som, a experiência física, a arte, os detalhes que você pode ler sem ter que usar uma lente de aumento, e o ato de realmente colocar um álbum pra tocar. É um ritual adorável do qual eu jamais me canso", afirmou o músico ao ser questionado sobre o ressurgimento do vinil.
Jimmy Page contou sobre o processo de lançamento da discografia da banda em CD. "Quando os CDs foram lançados, a gravadora começou a lançar versões dos álbuns do Led Zeppelin, e eu pensei: 'Meu Deus, eu sei que os CDs não soam muito bem, mas sei que eles podem soar melhor do que isso', então fui e supervisionei a remasterização de todo o catálogo para termos CDs com qualidade. Eu queria lançar todos os álbuns, remasterizados, com um disco extra dando uma amostra do que mais estava acontecendo em estúdio na época: versões alternativas, primeiras gerações de mixagens, overdubs como aquele lance eletrônico maravilhoso que criamos no meio de 'Whole Lotta Love' que a fez deixar de ser um single de rádio… foi um bom planejamento (Risos). Ao ouvir essa faixa sem os overdubs é pura energia. Pensei que adoraria que as pessoas ouvissem isso, para mostrar como o Led Zeppelin era em estúdio", lembrou.
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