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O motivo que fez Nikki Sixx sempre ser demitido de bandas cover

Por Emanuel Seagal
Postado em 06 de junho de 2022

Há poucas pessoas vivas que podem ostentar o título de "rock star", mas Frank Feranna, mais conhecido como Nikki Sixx, é um deles. O músico foi entrevistado pela revista Bass Player e contou sobre sua autobiografia e a vida antes de ser mundialmente conhecido como baixista do Mötley Crüe.

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"Eu não sei se você percebeu, mas o livro foi escrito por Frank Feranna e Nikki Sixx, então é meio psicótico, mas gosto de me divertir com isso", disse ao ser questionado como o livro surgiu.

"Eu sempre fui inspirado pelos meus arredores e as coisas que eu vejo. Eu sempre anoto as coisas, seja uma letra ou uma ideia para uma história curta ou poema. Eu simplesmente gosto de escrever. Nos anos setenta eu tinha músicas autorais e os caras falavam nas audições, 'Tocar música autoral não dá dinheiro!', mas eu não dava a mínima. Foi nessa época que eu descobri que não era um baixista básico que ficaria preso tocando covers das músicas Top 40. Fiz minha própria banda, eu comecei a escrever minhas próprias músicas e letras e queria compartilhar com o mundo que um garoto de uma cidade pequena poderia ter sucesso em Hollywood. É assim que o livro termina, pouco antes do Mötley Crüe", explicou.

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Nikki conta que o livro tem muitas lições e aponta erros cometidos quando criança e quando era um jovem adulto. "Há partes que fazem parecer como um criminoso. Pulando de emprego, vendendo aspiradores de porta em porta e tudo isso, mas eu tinha que pagar pelos ensaios e equipamentos", relembrou.

Apesar das dificuldades Nikki colocava a música em primeiro lugar. Em uma de suas primeiras bandas sua preocupação era fazer com que um palco pequeno em uma casa de shows parecesse como um show em uma grande arena, e isso não era caro, mas como ele lembra, "quando você é novo consegue ficar dias sem comer."

Em outro ponto da entrevista o baixista contou um dos episódios que reforçou sua ideia de que tocar em banda cover não era seu destino. Durante um dos ensaios, ao tocar "Cold As Ice", do Foreigner, um dos músicos reclamou que Nikki não estava tocando como no disco. "Eu sempre era demitido dessas bandas porque eles tocavam exatamente como no disco. Eu não era muito bom tocando covers. No Mötley Crüe a gente tocava umas aqui e ali, mas normalmente não fazemos isso. Eu não vou para um ensaio e fico, 'Aprenda isso e aprenda aquilo.' Isso nunca foi pra mim."

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A autobiografia "The First 21: How I Became Nikki Sixx" já está disponível.

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Sobre Emanuel Seagal

Descobriu o metal com Iron Maiden e Black Sabbath até chegar ao metal extremo e se apaixonar pelo doom metal. Considera Empyrium e X Japan as melhores bandas do mundo, Foi um dos coordenadores do finado SkyHell Webzine, escreveu para outros veículos no Brasil e exterior, e sempre esteve envolvido com metal, seja com eventos, bandas, gravadoras ou imprensa. Escreve para o Whiplash! desde 2005 mas ainda não entendeu a birra dos leitores com as notícias do Metallica. @emanuel_seagal no Instagram.
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