Como foi a volta do técnico Dream Theater aos palcos após 2 anos? LaBrie responde
Por Igor Miranda
Postado em 13 de julho de 2022
Muitos fãs podem ter imaginado que a qualidade técnica das performances do Dream Theater, que tem integrantes tão habilidosos em seus instrumentos, fez com que eles retornassem mais "travados" aos palcos. O grupo retomou sua agenda de shows, interrompida em função da pandemia, em fevereiro deste ano – praticamente dois anos após a última apresentação pré-lockdown, no início de 2020.
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Será que houve algum desafio no sentido de retornar aos palcos com as habilidades "na ponta dos cascos"? Em entrevista ao canal IgorMiranda.com.br no YouTube (vídeo disponível ao fim da matéria), o vocalista James LaBrie disse que nem ele, nem seus colegas sentiram dificuldades quanto a isso.
Inicialmente, ele refletiu: "Nosso primeiro show (desde a volta) foi no dia 2 de fevereiro, em Phoenix, Arizona. Foi doideira porque estávamos afastados, como você disse. Na verdade, para ser exato, faltavam três semanas para completar dois anos do nosso último show. Exatamente três semanas. Doideira".
LaBrie destacou que o retorno aos palcos foi "meio estranho", mas não por seus integrantes estarem enferrujados. A questão esteve mais relacionada aos sentimentos.
"Foi meio estranho, cada um de nós se sentiu como se estivesse começando tudo de novo [risos]. Você fica com borboletas no estômago, você esteve longe de algo que você sabe que ama fazer, mas ficou tanto tempo sem fazê-lo que agora está realmente tendo que se concentrar em voltar ao jogo, voltar àquela área. Mas quer saber? Depois de subirmos no palco e tocarmos uma ou duas músicas, a sensação de estar em casa veio de novo, foi uma sensação incrível", disse.
Na sequência, o cantor deixou claro: "você não percebe o quanto sente saudade de fazer algo até voltar a fazê-lo".
Comunicação não-verbal
Ainda de acordo com James LaBrie, uma banda com tantos anos de estrada como o Dream Theater desfruta de um entrosamento que transcende as palavras. A comunicação não-verbal entre os músicos, segundo ele, é algo bem importante para a dinâmica do lendário grupo de metal progressivo.
"Estamos há tanto tempo nisso que, se cada um de nós estiver se sentindo bem com sua atuação individual, então acho que simplesmente acabaremos coletivamente nos sentindo bem. É como sempre foi. Comunicação não-verbal uns com os outros. Seguimos o fluxo, pois já conhecemos os sentimentos de cada um de nós. É isso que cria essa união, essa coesão que nos faz ser capazes de ter bons momentos tocando ao vivo e fazer um grande show para nossos fãs", disse.
Por fim, o frontman destaca: "Acaba sendo simplesmente uma questão de todos estarmos nos sentindo bem de forma individual, de estarmos prontos para a missão tanto física quanto mentalmente – e, de certa forma, até emocionalmente, eu diria. Dessa forma, tudo acaba se encaixando".
O Dream Theater fará dois shows no Brasil para promover o novo álbum "A View from the Top of the World". As apresentações ocorrem em São Paulo (Pavilhão Pacaembu, 31 de agosto, ingressos à venda) e Rio de Janeiro (festival Rock in Rio, 2 de setembro, ingressos esgotados). Assista à entrevista completa com James LaBrie (com legendas em português) no player de vídeo a seguir.
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