Regis Tadeu e Rafael Bittencourt discutem se Angra foi ou não uma boyband
Por Gustavo Maiato
Postado em 24 de agosto de 2022
O Angra iniciou suas atividades no começo dos anos 1990 e surgiu a partir da visão de várias pessoas, como os músicos Rafael Bittencourt e Andre Matos, além do empresário Toninho Pirani. Mas será que isso qualifica a banda como "boyband"?
Durante entrevista ao Amplifica, o jornalista musical Regis Tadeu discutiu o tema com Rafael Bittencourt.
"Vocês foram uma boyband. Escolhidos a dedo! O Toninho chegou lá e disse: vamos pegar músicos bons e bem apessoados. Vocês nunca vão admitir, mas foi montado para ser a banda que aproveitasse o sucesso do Andre Matos com o Viper no Japão! O conceito parece pejorativo, porque o fã acha que é Menudo. Elas desconhecem, mas o conceito de boyband é reunir pessoas que não eram amigas. Nenhum sentou e falou: vamos montar uma banda. Grande parte das bandas foi formada por força das circunstâncias. No caso do Angra, foi o Andre Matos ter saído do Viper e deixado no Japão uma impressão boa. O Toninho disse que tinha uns caras aí boa pinta", disse Regis.
Foi então que Rafael Bittencourt veio com a réplica da história. "Deixa eu falar minha visão, porque eu estava lá! Mereço a réplica! Foi uma colisão de vários projetos. Eu tinha já músicas como ‘Time’ e ‘Angels Cry’. A ideia era misturar música erudita com brasileira. O Andre, que estava na mesma faculdade, tinha outro projeto, de continuar o Viper. Ele perdeu o interesse de permanecer lá. Ele não conhecia tantas pessoas além da órbita do Viper. Eu conhecia o Kiko, Mariutti e tal. Eu estava formando uma banda com ideal. Não era o Toninho criando uma banda do nada. Teve essa oportunidade e um cara que estava fazendo uma banda, que era eu. Juntou as duas coisas. Simplificar isso como boyband é reduzir a um vetor. Não foi a energia inicial. Eu batizei de Angra, escolhi os músicos. Não foi o Toninho. Tem essa visão de que era algo feito ao redor do Andre, mas eu tinha outra visão. Via como uma parceria entre meu projeto e o do Andre. Ele era um cara com respeito, a voz da banda. Era difícil eu me colocar em pé de igualdade, mas na minha cabeça, eu que comecei o projeto. Uma boyband tradicional é gerenciada muito pelo produtor e empresário, como os k-pops da vida", disse.
Confira a entrevista completa aqui.
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