Show do Iron Maiden pra "pouca gente" é o favorito de Blaze Bayley
Por Bruce William
Postado em 16 de agosto de 2022
Blaze Bayley revelou que um dos shows de menor público que ele fez com o Iron Maiden foi o melhor de todos, embora seus colegas de banda tenham achado que foi um show "difícil". A informação é do Ultimate Classic Rock.
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Bayley entrou no lugar de Bruce Dickinson em 1994, tendo atuado como vocalista nos álbuns "The X Factor" de 1995 e "Virtual IX" de 1998. Nesta época, o Maiden experimentou um declínio acentuado na sua popularidade devido não somente à mudança de formação mas também à ascendência do grunge, e a banda vinha se apresentando em lugares menos do que costumava fazer, mas Bayley não se importava com isto.
"Acho que era muito difícil para eles, mas pra mim era uma alegria porque, claro, eu vinha fazendo shows nestes lugares com o Wolfsbane (banda em que ele cantava antes do Maiden), então eu estava acostumado", explica o vocalista. "Não disse isso pros caras na época, mas eu ficava pensando: 'Estou nesta situação única - é como se eu estivesse vendo o renascimento do Iron Maiden. Nós vamos superar isso. As coisas vão começar a mudar porque as pessoas vão ver que essa música é muito mais profunda e tem muito mais a oferecer do que outras coisas neste momento'".
Iron Maiden e o show preferido de Blaze Bayley
E Blaze cita um show em especial desta turnê como tendo sido o mais marcante de todos: "Era pequeno pro Iron Maiden, absolutamente minúsculo. Era um dia muito quente, ninguém conseguia andar mais de 20 metros sem precisar de oxigênio e um paramédico. Muito, muito difícil. Eu estava me sentindo pra baixo. Muitos promotores haviam perdido a fé na gente. O grunge estava no auge. Tudo parecia contra nós. Não havia espaço para os cenários de palco ou qualquer coisa. E acho que esse foi meu maior show do Iron Maiden!".
O show que Blaze diz foi realizado no dia 13 de junho de 1998 no Compton Terrace em Chandler, Arizona, no Phoenix. "Eu já havia me apresentado (com o Maiden) para 75.000 pessoas, mas para mim, um dos meus menores shows do Iron Maiden foi o meu melhor momento pois eu pude pular do palco na multidão, pude puxar alguém para cantar 'The Trooper' comigo", explica Blaze, que depois ainda revela: "Até escrevi uma música sobre isso no (meu álbum solo) 'Silicon Messiah'. Foi este o encantamento daquilo tudo, ainda mais podendo cantar aquelas músicas incríveis".
A música ao qual Blaze se refere é "Motherfuckers R Us", que saiu como bônus na edição sul-americana do álbum, e que traz em sua letra trechos como "Wake up on my own and I wonder where I am/ My mind begins to clear and I begin to understand/ Today I'm in Phoenix so I'm feeling preety low/ Would you like to skip the afternoon and get right to the show/ Cause I live to rock/ Just don't care/ What's wrong or right ("Acordei sozinho e me pergunto onde estou/ Minha cabeça começa a clarear e começo a compreender/ Hoje estou em Phoenix e estou me sentindo muito pra baixo/ Gostaria de pular a tarde e ir direto para o show/ Porque eu vivo para o rock/ Não me importo/ Com o que é certo ou errado").
Bayley relata ainda que sofreu as mesmas dificuldades de qualquer músico na estrada, mas cantar músicas do Maiden para seus fãs o manteve energizado. "Esta coisa de fazer turnês com a voz boa todo dia, simplesmente não existe. Quando você está dormindo em um ônibus, viajando por mais de 19 horas entre os shows, se alimentando com comida fria porque o restaurante está fechado quando chegamos no lugar é muito complicada", diz. "Mas no fim das contas, por mais difícil que tenha sido, aquelas músicas tornaram tudo maravilhoso para mim. Eu subia ao palco e cantava 'Number of the Beast', 'The Trooper', 'Hallowed Be Thy Name' e 'Seventh Son of a Seventh Son'. E ver a reação dos fãs... por mais horrível que tenha sido a viagem de 20 horas, estar lá e cantar essas músicas incríveis que são lendárias no meio do Heavy Metal foi o que me sustentou na época", finaliza o cantor.
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