Max Cavalera e os fãs das antigas que só querem ouvir o "Arise"
Por Bruce William
Postado em 01 de agosto de 2022
Na nota sobre a entrevista com Max Cavalera ao iRock do Chile, onde ele fala sobre sua visão do "Roots", álbum lançado pelo Sepultura em 1996, há um trecho em que ele cita o comportamento de certos fãs "das antigas": "Compreendo alguns metalheads old-school. Eles só querem o 'Arise', querem que eu toque o 'Arise' pelo resto da minha vida. Ele e o 'Beneath The Remains' são ótimos, mas há muitas coisas diferentes que podemos fazer. 'Chaos A.D.' é ótimo. 'Roots' é ótimo. Eu não mudaria isso por nada".
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Max conta ainda que está praticando para tocar o 'Roots' ao vivo em uma turnê que ainda vai ser organizada, e que hoje assimilou muito mais o álbum. "Eu acho que é um disco muito complexo, é um disco muito estranho, pouco ortodoxo e muito legal de se ouvir. Se você ouvir o disco inteiro, ele tem uma dinâmica muito diferente que é realmente, muito boa".
E em outra entrevista de 2020 publicada originalmente na Metal Hammer Portugal, e que foi transcrita aqui no Whiplash.net por Igor Miranda, Max também tocou sobre o tema ao explicar como lida com a questão do conservadorismo no Metal.
"É legal o Metal ter essa coisa pra falar", começa Max, explicando que ele vem de uma época em que as coisas eram diferentes: "Viemos de uma era do Metal que é misturada com Punk Rock, principalmente o nosso começo. Na época dos nossos primeiros discos, eu e o Igor (Cavalera) escutávamos muito punk rock, e eu gostava das letras - sempre gostei das letras do punk, mais do que as do metal. Então, fui para esse lado mais politizado. Mas não quero cair no lance de ser taxado como uma banda política, quero ter a liberdade de falar do que eu quiser", explica.
Em seguida, Max comenta que sempre existiu uma galera conservadora criticando o trabalho do Sepultura: "Gente conservadora, que fala mal, vai existir sempre, principalmente hoje com a internet - tem gente que vai na internet só para falar mal. Mas isso sempre existiu. Quando gravamos o primeiro EP 'Bestial Devastation' (1985), muita gente criticou, dizendo que a banda se vendeu porque gravou um EP. Tem gente que quer que fiquemos na caverna. Não se pode escutar essas pessoas, tem que fazer o que quer, o que o coração e a cabeça mandam".
Mas no fim, Max acaba depositando uma dose de esperança no futuro: "Muitas pessoas de cores, culturas e religiões diferentes são ligadas pelo metal. Em qualquer parte do mundo, o que nos liga é o metal. E uma das minhas esperanças é que haja menos racismo no Metal, termos no Metal aquilo que fracassou na sociedade".
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