Lars Ulrich comenta "Seek & Destroy", primeiro hit do Metallica
Por André Garcia
Postado em 21 de setembro de 2022
O Metallica surgiu nos anos 80, quando lançou alguns dos maiores clássicos da história do heavy metal, como "For Whom The Bell Tolls", "Master of Puppets" e "One". Nesse quesito, em seu álbum de estreia, "Kill'Em All" (1983), o quarteto já começou acertando em cheio com seu primeiro hit, "Seek & Destroy".
Em entrevista para a Metal Hammer, o baterista e membro fundador Lars Ulrich falou sobre a construção da faixa.
Lars Ulrich: Aquele riff principal é um clássico riff de Hetfield — na demo, 'Seek & Destroy' era dois acordes, dois versos e uma ponte. Mas uma banda que não pode ficar de fora de uma conversa sobre as influências do Metallica é Mercyful Fate. Eles tinham músicas longas que eram como jornadas através de diferentes sentimentos, dinâmicas e luzes e sombras — eles foram os responsáveis por a gente ter esticado nossas músicas. Depois de seis meses ouvindo Mercyful Fate, acrescentamos um verso extra, um refrão extra e começamos a alongar o arranjo. Estávamos tentando melhorar ela.
Metal Hammer: Vocês imaginavam que ainda estariam tocando ela após 35 anos?
Lars Ulrich: A gente nem sonhava [risos]! Não, absolutamente não. Sem querer soar convencido, nós sempre tratamos as músicas como semelhantes. A gente achava a música que vinha antes de 'Seek & Destroy' e a que vinha depois tão boas quanto. E não era como se tivéssemos muitas músicas para escolher: o 'Kill'Em All' não foi nossas 10 melhores músicas de 1983… foi nossas 10 únicas músicas! Você lê nas entrevistas das outras bandas: 'Tínhamos 20 músicas, e escolhemos as 10 melhores para o disco.' Essa não é nossa abordagem. Que sentido faz compor uma música se ela não é boa o bastante para entrar no disco? Não tinha sete sobras de estúdio no 'Ride The Lightning'. Cada uma das músicas que a gente tinha, vocês ouviram [no disco].
De acordo com o site setlist.fm, "Seek & Destroy" é a terceira música mais tocada pelo Metallica em seus shows — com 1572 execuções, está atrás apenas de "Master of Puppets" e "Creeping Death". O ano de 1992 foi o que Hetfield e companhia mais a tocaram ao vivo: 164 vezes!
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