Bad Bone Beast: "Extravaganza" é um direto e empolgante disco de rock/hard rock
Por Mário Pescada
Postado em 16 de outubro de 2022
Quando lançaram de forma independente o EP "Water Into Wine" (2019), o trio BAD BONE BEAST conseguiu despertar entusiasmo em alguns sites e da cena alternativa da Europa, mas aconteceu de as coisas não deslancharem como esperado, o batera Felix Krüppel pulou fora no ano seguinte e ainda viria a pandemia, deixando as coisas meio que na estaca zero para o grupo.
Pois bem, a banda resolveu não ficar parada esperando toda essa confusão passar, que era hora de aproveitar essa parada forçada para ensaiar e compor um disco completo, já com novo batera. Assim, no apagar das luzes de 2021, no dia 31 de dezembro para ser mais exato, lançaram o debut "Extravaganza" (2021).
O que poderia ter sido uma jogada errada, afinal de contas, essa é uma data pouco convencional para se lançar discos, mostrou-se uma acertada aposta: com a vida começando a voltar ao normal e os espaços reabrindo, a banda estava afiada para tocar e pronta para apresentar um trabalho completo.
Quando vi a interessante e descolada capa do CD, até achei que a banda se chamava Extravaganza tamanho o destaque e forma com que posicionaram o título do disco. Confusão desfeita (depois do Google não me retornar nada sobre um grupo com esse nome), logo me cativaram com os vocais do português Ruben Claro, também baixista: claros e fortes, eles remetem ao do saudoso Chris Cornell (SOUNDGARDEN), um grande trunfo para a banda que possui bons músicos em cada posição.
O som do trio transpira jovialidade, com uma pegada forte de rock/hard rock com traços de grunge/stoner e de gente como BLACK CROWES, LYNYRD SKYNYRD, GRAND FUNK RAILROAD, ZZ TOP, e afins. É um som que vai agradar muito quem gosta de um rock direto e empolgante - tipo que anda em falta por aí, diga-se.
Entre músicas mais diretas ou mesmo passando por baladas rock, a banda consegue se sair bem, já que a espinha dorsal do estilo é mantida. Destaques para a abertura com "Bonehead"; "Me, U And I" que vai se intensificando; "Old Man", cover de NEIL YOUNG, aqui sem os violões e banjo, mas com uma baita guitarra distorcida; as baladas "NAW (New Age Western)" mais puxada pro rock e "Fade" que remete a algo do sul dos EUA, "One Last Time" que tem cara de fechamento de disco e "When The World Goes Down" com seu cowbell bem encaixado.
A capa é bem bacana e o encarte, com uma arte simples, mas eficaz, mantém o espírito de simplicidade do material, de foco na música (só as letras das músicas que poderiam ter sido impressas um pouco maiores).
"Extravaganza" (2021) chega ao Brasil via Shinigami Records em parceria com Valhall Music/Drakkar Entertainment. Marca, de certa forma, o recomeço de um promissor nome para se acompanhar, desses que, ao que tudo indica, dará bons frutos por muito tempo.
Confira o clip para a faixa "Me, U And I".
Formação:
Ruben Claro: vocais, baixo, piano
Alexander Schmitz: guitarra
Klaas "Ugge" Ukena: bateria
Faixas:
01 Bonehead
02 Lost And Found
03 Breaking All Cages
04 Me, U And I
05 Truth Or Dare
06 Old Man (NEIL YOUNG cover)
07 NAW (New Age Western)
08 Back In The Game
09 Fade
10 Moving Doll
11 One Last Time
12 Sunday Afternoon
13 When The World Goes Down
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