Para Paul Stanley é um "sacrilégio" chamar Led Zeppelin de heavy metal
Por André Garcia
Postado em 21 de novembro de 2022
Paul Stanley se tornou mundialmente famoso na década de 70 com o Kiss, banda que visionou e formou ao lado de Gene Simmons.
Assim como a maior parte dos guitarristas de sua geração, ele iniciou sua carreira no começo daquela década totalmente influenciado pelo Led Zeppelin e encantado por seu líder e fundador, Jimmy Page. Em vídeo disponível no YouTube, ele declarou:
"[O Led Zeppelin] eles escreveram a cartilha, ele são o motivo de muita banda existir hoje — o DNA deles está em tudo que todo mundo faz. Eles foram tão inovadores, tão visionários que alguém chamar aquilo de heavy metal é um sacrilégio. É música do mundo, de verdade. Eles cresceram absorvendo tanto as coisas que amavam, era uma banda com as raízes na música apalache, blues, rockabilly, música clássica... Está tudo lá!"
No último dia 8 de junho, Paul Stanley publicou uma foto no Instagram ao lado de Jimmy Page. Na descrição ele disse:
"Horas de grande papo, risadas e jantar com meu amigo Jimmy Page em Londres hoje. Eu amei os momentos que passamos juntos. Ele ficou boquiaberto com as fotos de nosso palco completo, e empolgado para [nosso show no] Download [Festival]. Tenho que dizer: 'Jimmy, você é a fundação de tudo que fazemos.'"
Led Zeppelin
Após a separação do Yardbirds em 1968, coube ao guitarrista Jimmy Page cumprir o resto da agenda de shows acompanhado de outros músicos sob o nome The New Yardbirds. Os escolhidos para a missão foram Robert Plant, John Paul Jones e John Bonham, e o resultado ficou tão bom que foi unânime a decisão de dar continuidade àquilo como Led Zeppelin.
Bastaram seus dois primeiros álbuns para que se tornasse uma das maiores bandas do planeta. Seu grande trunfo foi um blues não só pesado como acrescido de psicodelia, experimentações sonoras e referências musicais das mais diversas. Após chegar à estratosfera com "Led Zeppelin IV" e hits como "Stairway to Heaven", nos trabalhos seguintes embarcou em uma sonoridade mais experimental e progressiva, usando e abusando de elementos de estúdio. Fase essa que chegou ao auge no álbum duplo "Physical Graffiti" (1975).
A partir dali, por outro lado, a banda começou a sofrer com os desgastes entre seus integrantes. Para piorar, Robert Plant passou por problemas de saúde e tragédias pessoais, como a morte de seu filho Karac, de apenas cinco anos. E isso ao mesmo tempo que Jimmy Page, conforme afundava no alcoolismo, não conseguia mais repetir ao vivo as performances do começo da década.
A história do Led Zeppelin foi repentina e tragicamente encerrada em 1980 com a morte do baterista John Bonham, após ingerir dezenas de doses de whisky. Apesar de reuniões esporádicas com bateristas como Phil Collins e Jason Bonham — filho de Bonzo — jamais produziu novo material.
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