O trauma de saúde que levou Digão a abandonar bateria e abraçar guitarra no Raimundos
Por Gustavo Maiato
Postado em 11 de dezembro de 2022
No começo do Raimundos, Digão tocava bateria e somente a partir dos anos 1990 que mudou para guitarrista. Em entrevista ao Bora Podcast, o músico explicou que resolveu trocar de instrumento após o trauma de ouvir do médico que poderia ficar surdo.
"No começo do Raimundos, chegamos com isso de misturar forró com punk rock. Nós botávamos palavrões para caramba! Éramos meio escrotos. Precisávamos de um baixista e convidamos o Canisso. Ele não tocava baixo, e sim guitarra. Ele sempre foi muito louco e queria tocar mais rápido que todos! [risos]. Conseguimos domar ele e essa foi a primeira célula do Raimundos, de 1987 a 1990. Aí, a banda acabou, porque o rock brasileiro acabou. Veio aquela onda de Zezé di Camargo e tal. Só sobrou o Engenheiros do Hawaii. Em 1990, tive um problema de ouvido. Parei de tocar bateria e o Raimundos acabou. Tudo foi desmoronando e ficamos dois anos em hiato. Em 1992, começou a borbulhar a cena dos anos 1990. Era a hora para o Raimundos voltar. Eu não tocava mais bateria, e sim guitarra. O Rodolfo não sabia que eu tinha trocado. Eu parei de tocar bateria por causa do ouvido. Fiquei com trauma, o médico falou que eu ia ficar surdo. Larguei por causa do barulho. Ele me assustou muito e parei. Fui estudar para cursinho e foram dois anos me ferrando. Só que eu tinha um violão em casa e brincava com os acordes. Nos ensaios do Filhos de Mengele eu ficava brincando com os pedais e tudo. De 1990 para 1992, fui para a guitarra. Descobri que tocar violão em luau atraía as mulheres", concluiu.
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