Motörhead: Lemmy Kilmister considerava injustas acusações de ser machista
Por André Garcia
Postado em 20 de janeiro de 2023
Ao longo do mais de meio século de história do rock, podemos citar muitos casos de bandas personificadas em um de seus membros: Jim Morrison/The Doors, Lou Reed/Velvet Underground, Frank Zappa/Mothers of Invention, Alice Cooper/Alice Cooper… À frente do Motörhead, Lemmy Kilmister levou isso ao volume 11 — Lemmy era o Motörhead e o Motörhead era Lemmy; e quem discordar está errado!
Em 2005, o baixista deu uma entrevista para Sam Dunn, disponível no YouTube, parte do documentário Headbanger's Journey. Com muita sinceridade e pouca sutileza, como sempre, entre outras coisas, ele respondeu à acusação de ter se vendido.
"O hedonismo é no rock n roll que tem que estar. Quer o que, um introvertido do tipo existencialista? Acho que não, né? Rock n roll deve ser rebeldia como um fim em si, sem um objetivo definido, alimentado por todo tipo de curtição e mulheres nuas para todo lado nos camarins."
"Eu não quero saber que preconceitos você tem, porque eu não os tenho. Eu adoro as mulheres — por mim, elas podem ficar peladas no camarim o tempo todo, adoro olhar. Eu sempre as trato como elas merecem, sou um cavalheiro, sabe? Mas curto mesmo assim."
Dunn observou que em sua autobiografia Lemmy falou sobre ser atacado por feministas.
"O que não é justo, porque [inteligível] era a única banda de garotas pela área, depois Girlschool fez sua primeira turnê. Sabe, ninguém queria chegar perto delas. Mesmo os outros caras da minha banda dizia 'Elas são garotas', e eu respondia: 'Que se f*da, elas são boas! Que diferença faz?' O pessoal sempre falava da Kelly [Johnson, guitarrista] 'Ela até que é boa para uma garota...' Ela é melhor que você, rapaz! Se manca! Vou te contar que eu as via curtindo tanto na estrada quanto um cara de uma banda. Elas eram graciosas."
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