Joe Lynn Turner não quer mais ser visto como cantor pop de baladas
Por Igor Miranda
Postado em 23 de fevereiro de 2023
Joe Lynn Turner não quer mais saber do rótulo de "cantor de baladas". Seu álbum solo mais recente, "Belly of the Beast", explora sonoridades mais pesadas com a ajuda do músico e produtor Peter Tägtgren (Hypocrisy, Pain, Lindemann).
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Em entrevista ao canal IgorMiranda.com.br no YouTube (vídeo legendado disponível mais adiante), conduzida pelo jornalista Marcelo Vieira, o ex-vocalista do Deep Purple, Rainbow e Yngwie Malmsteen destacou que o novo trabalho pode ser definido como "um disco de emancipação". Além da sonoridade mais pesada, o álbum trouxe em suas fotos de divulgação o visual real de Turner pela primeira vez - o cantor sofre de alopecia e usava perucas desde que iniciou sua carreira musical.
"É um disco de emancipação, pois estou me vendo livre de alguns fantasmas do passado. E, sim, há muito tempo eu queria fazer um disco assim, diferente daquilo pelo que a maioria das pessoas me conhece. Cansei de ser rotulado como um cantor pop ou reduzido a um cantor de melodic rock ou de baladas. Não sou só isso", afirmou.
Hoje com 71 anos, Joe destacou que "não foi tão desafiador" alterar a rota de sua carreira a essa altura. O motivo? Ele já havia explorado sons mais pesados em outros trabalhos, ainda que tal abordagem não fosse a principal.
"Na forma, não foi desafiador, porque eu estava pronto. Se você ouvir, por exemplo, ‘Evil’ e ‘Eye for an Eye’, do ‘Slam’ (2001), e ‘Babylon’ do ‘Holy Man’ (2000), notará que músicas mais pesadas não são algo inédito na minha carreira. No conteúdo, acho que a situação do mundo me deu muito sobre o que falar. Fora isso, particularmente, o que passei nos últimos cinco anos também rendeu. É disso que se trata o álbum: uma situação pessoal muito introspectiva inserida num contexto geopolítico", disse.
Críticas ao "novo" Joe Lynn Turner
Ainda durante a entrevista, Joe Lynn Turner comentou a recepção de "Belly of the Beast", que, como esperado, não agradou a todos os fãs. Houve quem não gostasse da sonoridade mais pesada, mas o vocalista entende que todo artista precisa evoluir.
"Houve gente que comentou coisas como ‘ah, eu prefiro as músicas antigas’ e ‘não gostei desse som’. Mas um artista de verdade tem que crescer, evoluir. Caso contrário, ele se entrega à repetição; e isso é muito perigoso, não só para o público, mas também para o artista. Eu basicamente me repeti até meados dos anos 2010. Sei que estou me arriscando com esse novo álbum e por mais velho que eu esteja, me sinto rejuvenescido, empolgado e determinado. Toda mudança repele uns, mas agrega muitos outros", declarou.
A entrevista completa pode ser assistida, com legendas em português, no vídeo a seguir.
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