Mike Shinoda, do Linkin Park, critica masculinidade tóxica do new metal
Por Emanuel Seagal
Postado em 04 de abril de 2023
O vocalista Mike Shinoda falou sobre o início da carreira do Linkin Park em entrevista com a Vulture, e segundo ele o grupo de Los Angeles era bem diferente dos seus colegas do new metal por não entrarem na onda de posarem como "machões".
Na época em que a banda ainda utilizava o nome Xero, eles foram recusados por todas as gravadoras. "Quando Chester (Bennington) entrou, pensamos: 'Agora vamos conseguir um contrato.' Nos reunimos com as gravadoras novamente, e fomos recusados de novo, relembrou.
Em retrospecto, Mike acredita que o receio das gravadoras era devido às influências ecléticas do grupo, que passavam por nomes como DJ Shadow, Fatboy Slim, Aphex Twin e Portishead. O outro fator citado seria que a banda não era parecida com os grupos mais agressivos do new metal, tendo um som e feeling mais introspectivo. "O que não gostávamos do que estava acontecendo na cena é que ela era muito 'frat rock'", afirmou, comparando com as fraternidades das universidades norte-americanas, muitas delas conhecidas pelo histórico de bebedeiras, discriminação e até agressões sexuais.
"Era masculinidade tóxica. Não conhecíamos o termo ainda. Nós só não gostávamos de como tudo girava em torno de ser "machão", e nós não nos identificávamos com essa merda. Então ninguém queria assinar conosco porque não nos encaixávamos. Eles não conseguiam nos imaginar no palco. Alguém me disse uma vez, 'Se vocês fossem abrir para o Kid Rock ou Limp Bizkit, vocês iriam tomar uma surra.' Era uma brincadeira, né? Mas provavelmente verdade, ao menos pra mim. Eu iria apanhar. O Chester não apanharia. Ele provavelmente iria arrebentar alguém também."
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