A traumática saída de Arnaldo Antunes dos Titãs antes do álbum "Titanomaquia"
Por Gustavo Maiato
Postado em 30 de junho de 2023
O compositor e vocalista Arnaldo Antunes, um dos membros fundadores dos Titãs, decidiu deixar a banda entre os lançamentos dos álbuns "Tudo ao Mesmo Tempo Agora" (1991) e "Titanomaquia" (1993).
Em uma entrevista resgatada pelo canal Podcortes Retrô, a qual foi originalmente concedida ao Canal Brasil, o músico explicou as razões por trás de sua decisão de seguir carreira solo, que de certa forma foi traumática para os Titãs, que perderam um grande músico e frontman.
"Naquela época, comecei a migrar para um projeto solo todas as composições que não se encaixavam no repertório dos Titãs", explicou Arnaldo Antunes. "Dentro da banda, tudo era discutido e votado. Éramos oito compositores, e cada um acabava sendo um crítico em relação ao trabalho do outro.
Era necessário dar o máximo de si para agradar a todos e emplacar uma música nos discos. No entanto, grande parte do que eu produzia não se encaixava nesse consenso. Foi então que decidi migrar para a carreira solo, buscando um espaço de liberdade. Não deixaria os Titãs para formar outra banda de rock! Se eu quisesse continuar no mesmo estilo, teria permanecido na banda. Minha intenção era realmente marcar essa diferença".
Arnaldo Antunes contribuiu como integrante dos Titãs nos álbuns "Titãs" (1984), "Televisão" (1985), "Cabeça Dinossauro" (1986), "Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas" (1987), "Õ Blésq Blom" (1989) e "Tudo ao Mesmo Tempo Agora" (1991).
Após a sua saída, a banda seguiu sua carreira lançando trabalhos marcantes ao longo das décadas seguintes, como "Domingo" (1995) e "A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana" (2001). Por sua vez, Arnaldo Antunes embarcou em uma carreira solo e se envolveu em diversos projetos, incluindo os Tribalistas, formado em parceria com Carlinhos Brown e Marisa Monte.
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