Eric Carr contou que consertava fogões quando se tornou baterista do Kiss
Por André Garcia
Postado em 27 de junho de 2023
O membro não-original mais querido de muitos dos fãs do Kiss, o brincalhão e simpático Eric Carr se juntou à banda em 1980, com a maquiagem de raposa, no lugar de Peter Criss.
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No começo dos anos 80, o Kiss pagou o preço dos desgastes pessoais e divergências criativas do final da década anterior. Tensões essas que levaram à saída de Peter Criss, e, para piorar, a de Ace Frehley era visivelmente uma mera questão de tempo — o Kiss parecia prestes a implodir. Tudo que Gene Simmons e Paul Stanley precisavam era de estabilidade, e isso eles encontraram em Eric Carr, que a integrou até pouco antes de sua morte, em 1991.
Em 1980, às vésperas de uma turnê do Kiss pela Austrália e Nova Zelândia, Eric Carr deu uma entrevista para a Radio 4BC, onde relembrou como foi sua entrada para a banda.
"Eu já tocava bateria há uns 14 anos — tocava profissionalmente a uns 12. Eu estava tocando por clubes em Nova Iorque, tive umas três ou quatro bandas. [...] Lá para junho eu informei aos caras que eu ia sair da banda. Foi um momento difícil para mim porque, pela primeira vez, eu não tinha nenhuma perspectiva. Eu tive que arrumar um emprego [...] eu consertava fogões."
"Tinha um clube onde aquela banda tocava, eu fui lá numa terça-feira dar uma volta, estava morrendo de tédio. Comecei a conversar com um amigo que eu não via fazia tempo, então chamei ele para voltar no dia seguinte para me ver tocar. Ele foi e me disse 'Eric, você tem que sair dessa banda', e eu respondi 'Eu sei, já avisei a eles que estou saindo'. Foi aí que ele disse 'Por que você não faz um teste para o Kiss?' Eu pensei que ele estava de sacanagem com a minha cara! Mesmo assim perguntei 'E como é que eu faço?', e ele disse: 'Compra um dos discos deles que o nome e o endereço da assessoria deles está lá. Liga para lá e pergunta o que você tem que fazer."
"Eu liguei, disse que eu queria fazer um teste para o Kiss, e perguntei o que tinha que fazer. A atendente me disse, aí eu fiz o teste e fui para casa. Eles me ligaram de volta na mesma tarde, se não me engano, para marcar outro teste na sexta. Eu fui na sexta fazer o teste, voltei para casa, e eles me ligaram querendo que eu voltasse na segunda para passar o dia inteiro tocando com a banda. Então a coisa toda aconteceu nesse meio-tempo: seis dias."
Eric Carr encontrou o Kiss no fundo do poço em sua chegada, e estreou com o pé esquerdo com o execrado e flopado "Music From the Elder" (1981). Deixando seu característico hard rock de lado, marcou uma bizarra e incoerente tentativa de um pretensioso álbum conceitual — algo que naquela época nem as bandas de rock progressivo (exceto o Pink Floyd) faziam mais. Embora seja um disco compreensivelmente odiado pelos fãs, o lado b até vale a pena ouvir, por conter as faixas mais roqueiras.
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