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Grammy introduz regra que veta música feita por inteligência artificial
Por André Garcia
Postado em 18 de junho de 2023
Música feita por inteligência artificial em pouco tempo se tornou uma tendência tão forte que obrigou o Grammy a se adaptar. Agora músicas feitas exclusivamente por ela ficam de fora.
Em 2023 vimos o ChatGPT surgir e tornar a IA a pauta mais onipresente do ano. Com um impacto imediato e fulminante, anda causando o temor de que nós humanos possamos ser totalmente substituídos no mundo a qualquer momento. Entre os artistas o temor é ainda mais concreto, haja vista que as máquinas estão cada vez mais aprimoradas nisso.
"Computadores fazem arte; artistas fazem dinheiro", já dizia o visionário Chico Science nos anos 90.
O Grammy, uma das mais importantes e tradicionais premiações musicais já se adaptou para vetar músicas feitas exclusivamente por inteligência artificial. Músicas feitas apenas com o auxílio dela, no entanto, seguem permitidas. Conforme publicado pela NME, o comunicado oficial diz: "Apenas criadores humanos são elegíveis para serem considerados, indicados ou vencerem um Grammy. Uma obra que não contenha autoria humana não é elegível em nenhuma categoria."
O CEO da Recording Academy, Harvey Mason Jr., declarou: "Essas mudanças refletem nosso compromisso em ouvir ativamente e responder ao feedback de nossa comunidade musical, representando de forma precisa uma ampla gama de gêneros musicais relevantes e manter-se alinhado com o cenário musical em constante evolução."
Será que um dia veremos no Grammy uma categoria dedicada a músicas feitas exclusivamente por inteligência artificial? Isso só o tempo dirá. O fato é que recentemente diversos artistas já se posicionaram contra a IA no mundo da música:
Sting fez uma premonição no estilo Exterminador do Futuro, dizendo que em breve os humanos precisarão combater as máquinas em resistência no mundo da arte; Billy Corgan disse que, se as pessoas acham que a música atual é ruim, então elas não perdem por esperar quando a IA tomar conta; Noel Gallagher disse que máquina não consegue fazer arte, e que ela é um dom de seres humanos.
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