As duas perguntas que Marcelo Barbosa, do Angra, mais recebe nas caixinhas do Instagram
Por Gustavo Maiato
Postado em 01 de agosto de 2023
Marcelo Barbosa, guitarrista do Angra, é muito frequente no Instagram e sempre posta conteúdo sobre guitarra. Em entrevista ao Mateus Starling, ele comentou sobre as duas perguntas que mais recebe por lá.
"O que eu mais recebo na minha caixinha de perguntas no Instagram que eu sempre abro são duas perguntas bem recorrentes. Uma delas é sobre a idade: ‘Tenho 30 anos e estou aprendendo música’, aí perguntam se ainda dá tempo de aprender. A segunda pergunta frequente é sobre como manter a consistência nos estudos mesmo sem estar motivado.
Eu sempre respondo a mesma coisa, pois lembro da época em que íamos para o colégio todos os dias, e quase nenhum dia estávamos motivados para ir. Era porque tínhamos que ir, nossa mãe nos acordava e nos incentivava a ir, dizendo: ‘Vamos embora, filhão, toma café, você está atrasado’. Era como se fôssemos meio robôs, meio automáticos. Isso me faz lembrar do clipe do ‘The Wall’, com os bonequinhos marchando, tudo estava certo e programado.
Então, por que com a guitarra seria diferente? Se ficarmos esperando estar motivados para tocar, não vai acontecer. Depender da motivação é uma grande burrice. O importante é criar uma rotina, estabelecer metas e se comprometer a seguir em frente, mesmo nos dias em que a motivação está em baixa. O esforço e a disciplina são fundamentais para progredir no aprendizado da música ou em qualquer outra área da vida".
A visão de Marcelo Barbosa sobre o mercado
Na mesma entrevista, com transcrição de Bruce William, Marcelo Barbosa comentou mais sobre desenvolvimento na área do music business.
Eu sempre falo o seguinte, vamos observar o todo. Você tem duas bandas que são mais conhecidas, Sepultura e Angra. Você tem uma série de outras bandas que estão fazendo um trabalho muito legal já há muito tempo, como o Krisiun, Korzus, uma série de outras bandas que, inclusive, muitas delas tocam fora do país, tocaram fora do país várias vezes, várias turnês e tal. E você tem ainda um monte de outras bandas que estão ali naquela tentando conseguir o seu espaço. É difícil você falar quando perguntam assim: 'Viver de metal, exclusivamente da banda'. Então, mas em que nível? Morando aonde? Vivendo como?"
Então tudo depende de onde você quer chegar. Se você falar assim: 'Olha, eu vou ter uma banda aqui, vou tocar duas vezes por semana, e tem alguns meses que não tem show, outros meses tem. E cada show, eu consigo tirar, sei lá, se for tudo muito bem, mil reais. Dá para viver com oito mil por mês? Claro que dá, um monte de gente vive com muito menos, né? 'Ah, mas passei dois shows, dois meses sem tocar', aí já não é mais oito por mês, você vai ter que fazer aquilo ali durar esses outros dois meses. Então, o que eu estou querendo dizer é que não é fácil, a gente não tem um histórico de muitas bandas que tem uma carreira boa a ponto do cara falar: 'Eu vivo da banda e pronto, acabou. Não faço mais nada'".
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