Edu Falaschi reflete sobre pioneirismo e explorar caminhos além do estilo Avantasia
Por Gustavo Maiato
Postado em 10 de setembro de 2023
Edu Falaschi, ex-Angra, lançou "Eldorado", segundo disco que é parte de uma trilogia iniciada com "Vera Cruz" e que será finalizada provavelmente em 2025. Uma característica desses registros é a presença de personagens fictícios e cantores que interpretam esses papeis ao longo das letras.
Quando perguntado em entrevista ao Ibagenscast se esse estilo de "chamar muitos convidados" poderia ser uma constante na sua carreira, ao estilo do que acontece com Avantasia e seu idealizador Tobias Sammet, o astro do metal nacional explicou que não vê seu legado artístico caminhando nessa direção.
"Eu gosto muito do pioneirismo, sabe? Acho que o Tobias Sammet já fez isso de ópera rock. Talvez ficasse muito na comparação. ‘Ah, o cara quis fazer o Avantasia brasileiro’. Algo do tipo. Obviamente, como é uma trilogia, ao final, tenho vontade de fazer algo relacionado a isso. Seria algo natural.
Não vou desenvolver minha carreira baseado numa ópera rock, que é o que faz o Avantasia. Tenho vontade depois dos três discos lançados de fazer algo especial. Algo mais teatral até. Tem muitos personagens, né? Então dá para viajar e fazer algo diferente do Avantasia. Quem sabe faço um musical da trilogia, da história do Jorge. Estou chutando aqui, não pensei nada a fundo, mas imagino que isso poderia rolar".

Acertos e erros de "Eldorado"
Certamente, a presença de convidados especiais é um dos aspectos destacados em "Eldorado". Além disso, o novo álbum de Edu Falaschi nos apresenta tanto acertos quanto deslizes por parte do ex-vocalista do Angra.
Um dos acertos notáveis é a temática que explora elementos da América Latina, oferecendo uma voz a uma cultura muitas vezes negligenciada no cenário do metal. Isso se manifesta de forma evidente nos instrumentos mexicanos presentes na introdução da faixa "Quetzalcóatl" e na colaboração de convidados especiais, como José Andrëa, do Mago de Oz, na faixa "Señores Del Mar (Wield the Sword)".
Essa miscigenação cultural é especialmente bem-vinda, especialmente após Edu ter explorado temas relacionados ao Brasil no álbum anterior, "Vera Cruz", o primeiro de uma trilogia que se concluirá no próximo lançamento.
Por outro lado, um ponto que merece crítica é a pouca exploração da talentosa Sara Curruchichi, que contribui com seus vocais na belíssima faixa "Q’que’m". Infelizmente, a faixa possui apenas um minuto de duração, deixando um sabor agridoce na boca dos fãs ao terminar prematuramente.
No entanto, outro acerto notável são as baladas presentes no álbum. Especialmente em "Suddenly", podemos sentir uma forte influência dos anos 1980, enquanto "Empty Shell" também se destaca ao demonstrar a habilidade de Edu em compor canções mais lentas, capazes de arrepiar os ouvintes.
Edu Falaschi, renomado cantor e compositor brasileiro, é amplamente reconhecido por sua contribuição no cenário do metal. Sua carreira teve início como vocalista do Angra, onde desempenhou um papel fundamental em álbuns icônicos como "Rebirth" e "Temple of Shadows".
Posteriormente, ele canalizou sua paixão musical em projetos como o Almah, apresentando obras notáveis, incluindo "Motion" e "Unfold". Agora, Edu Falaschi se aventura em uma carreira solo, demonstrando coragem e versatilidade ao explorar novos horizontes musicais, solidificando ainda mais sua posição como uma figura influente e talentosa no cenário musical brasileiro e internacional.
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