A aventura policial envolvendo Charles Manson presenciada por Robert Trujillo quando criança
Por Bruce William
Postado em 20 de outubro de 2023
A Família Manson foi um grupo de seguidores de Charles Manson, um criminoso e líder de culto que liderou uma série de assassinatos em Los Angeles em 1969. Manson acreditava em uma profecia apocalíptica que dizia que uma guerra racial estava prestes a acontecer. Ele convenceu seus seguidores de que eles eram parte de uma raça superior que iria sobreviver à guerra.
Manson também acreditava que ele era o messias que lideraria seus seguidores para a salvação, e com isto ele ordenou que eles cometessem uma série de assassinatos, incluindo o da atriz Sharon Tate, que estava grávida de oito meses.
Perseguidos e capturados, Manson e seus seguidores foram julgados e condenados por homicídio, recebendo penas de prisão perpétua. Manson faleceu na prisão em 2017. Os crimes cometidos pela Família Manson se tornaram um dos eventos mais marcantes do século 20. O grupo tornou-se um ícone associado à contracultura dos anos 1960, e os assassinatos que cometeram chocaram o mundo.
E durante participação no "Time To Relax With The Offspring", Robert Trujillo, baixista do Metallica, falou sobre um incidente presenciado por ele aos seis anos de idade junto com sua família em 21 de agosto de 1971, quando a polícia e membros da Família Manson trocaram tiros após os criminosos tentarem roubar uma loja de armas com o objetivo de se preparar para tentar resgatar Charles Manson. A transcrição é do Blabbermouth.
"Charles Manson tinha acabado de ser preso. Eu estava na casa de minha avó em Hawthorne, Califórnia. Meu primo Greg e meu primo Roman - Greg tem alguns anos a menos do que eu e Roman tem a minha idade - e meu pai... Por algum motivo, meus avós estavam em um evento ou algo assim e não estavam em casa", conta o baixista.
"A loja de armas, a loja de excedentes do exército na esquina da Hawthorne Boulevard, havia sido assaltada. E basicamente, a família Manson tinha esse grande plano. Você pode conferir a história na internet. Eles iam roubar a loja de armas, pegar munição e tudo o mais, e iriam para o aeroporto de Los Angeles, e o plano era sequestrar um 747 e exigir que Charlie fosse enviado para eles, e eles levariam esse avião para Deus sabe onde. Essa era a ideia deles", diz.
Prossegue Trujillo: "Obviamente o plano não funcionou. A polícia apareceu e começou um tiroteio, e a gente estava lá vendo e ouvindo tudo. De repente surgem os helicópteros, os carros da polícia, o brilho das lanternas, os caras lá falando nos intercomunicadores, gritavam 'todos vocês, protejam-se!'. E meu pai apagou todas as luzes e a gente se escondeu no chuveiro. Era muito bizarro. Foi mais ou menos que nem aquela cena em 'Contatos Imediatos' onde você vê as luzes entrando pela fresta da janela. Meu pai em um momento abriu a porta para ver o que estava acontecendo, e eles gritaram algo tipo 'Volta para casa agora!'. Foi bem assim".
"Então, um dos membros da Manson foi para o estacionamento, porque era um prédio de apartamentos - daqueles lugares com sete unidades ao estilo de Hawthorne. Não era grande. E ele estava escondido lá no estacionamento. Então, é claro, eles cercaram o nosso lugar. E meus avós, eles eram donos da unidade, e o cara estava se escondendo lá atrás no estacionamento. E, felizmente, havia uma lavanderia que separava a unidade em que estávamos. Portanto, ele poderia ter entrado pela janela da lavanderia, que poderia ter sido a janela da casa e feito reféns".
No fim das contas tudo terminou bem: "Então, prenderam uns três deles... Mas o plano era sequestrar um avião e eles iriam conseguir a libertação de Charlie e fazer reféns e iriam voar para - eu não sei - o México ou algo assim".
Foram presos durante a tentativa de roubo, aparentemente frustrada por uma alarme, Mary Brunner, Catherine Share, Lawrence Edward Bailey, Dennis Rice e Kenneth Como. Um sexto suspeito, Charles Lovett, foi posteriormente detido. Brunner, Share e Bailey tiveram ferimentos a bala na troca de tiros com a polícia. Posteriormente eles pegaram penas entre dez e vinte anos de prisão.
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