O motivo que levou Ian Gillan a recusar convite para ser primeiro vocalista do Deep Purple
Por Gustavo Maiato
Postado em 18 de outubro de 2023
Ian Gillan ficou conhecido mundialmente como vocalista do Deep Purple. Ele entrou na banda na segunda fase, substituindo o cantor original Rod Evans. O que poucos sabem é que foi oferecida a ele a oportunidade de ingressar logo no primeiro registro "Shades of Deep Purple" (1968).
De acordo com a biografia "Deep Purple: 1968-1976", publicado pela Estética Torta, a ideia de convidar Gillan logo de cara foi do então baixista Nick Simper. O vocalista, que já tinha outros projetos, acabou negando naquela oportunidade. Todos os títulos dessa editora, incluindo este livro, estão atualmente com 20% de desconto usando o código promocional WHIPLASH20 na hora da compra.
"Nick Simper também sugeriu um vocalista da mesma área do Oeste de Londres de onde ele e Blackmore vinham. Ian Gillan era um cara que Simper tinha visto muitos anos antes, quando o jovem cantor se apresentava cocmo Jess Thunder com sua banda The Javelins. Em 1968, ele tinha voltado a usar seu verdadeiro nome como vocalista do grupo pop Episode Six. O grupo tinha gravado vários singles e também aparecido num programa de TV alemão. Quando Gillan foi abordado e voncidado para fazer um teste para a banda recém-criada, ele recusou, acreditando que o Episode Six, por ser um grupo já estabelecido, estava prestes a cair nas graças do público. Além disso, não havia motivos para acreditar que essa nova banda faria sucesso".
Ian Gillan, sucesso e Deep Purple
Ian Gillan, um dos vocalistas que moldaram a expressão vocal no cenário do heavy metal, solidificou sua presença logo em sua primeira passagem pelo Deep Purple. Mesmo que tenha sido uma passagem relativamente curta, de 1969 a 73, durante esse período a banda concebeu alguns dos álbuns mais impactantes do rock pesado, destacando-se especialmente "Machine Head" e "Made in Japan," ambos lançados em 1972.
Em uma entrevista à Classic Rock em 2015, transcrita por André Garcia, Gillan compartilhou duas reflexões significativas: o segredo do sucesso e os desafios de ser integrante do Deep Purple.
Segundo Gillan, "O segredo do sucesso é encontrar a felicidade nele." Ele ilustra isso com uma decisão crucial em 1967, quando recebeu uma proposta financeiramente atrativa para excursionar com um grupo teatral. Mesmo diante da perspectiva de ganhos substanciais (£100 por semana, comparado aos £10 que recebia), recusou com base em um conselho valioso: "De nada vale o sucesso se seu coração não estiver no que faz." Gillan enfatiza a importância de permanecer fiel às próprias convicções, acreditando que o sucesso genuíno emerge quando se está alinhado com aquilo em que se acredita.
Quanto aos desafios de integrar o Deep Purple, Gillan reconhece o aspecto desafiador de "deixar seu diário aberto," praticamente pausando a vida por longos períodos devido a turnês e compromissos imprevistos. Essa restrição, que o impede de se envolver com outros músicos, é admitida como uma fonte de sofrimento, mas Gillan procura encarar a situação com otimismo, tentando ver o "copo meio cheio."
As palavras de Ian Gillan não apenas revelam a sabedoria de uma carreira musical marcante, mas também oferecem lições universais sobre a importância da autenticidade, da paixão e do equilíbrio na busca pelo sucesso pessoal e profissional.
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