A opinião de Rafael Bittencourt sobre política atual que não agrada esquerda nem direita
Por Gustavo Maiato
Postado em 06 de outubro de 2023
O guitarrista Rafael Bittencourt, do Angra, participou do Pompscast e na ocasião refletiu sobre a política brasileira nos últimos anos. Ele disse que não vê mudança real quando um novo presidente surge e citou os casos recentes de Bolsonaro, Lula e Dilma – representantes da esquerda e da direita.
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"Quando o governo muda, um cara pode chegar cheio de ideias novas, mas não consegue mudar. Os caras que são funcionários públicos e não podem ser mandado embora ficam tipo: ‘Aqui você não manda, temos nosso jeito de fazer e assim que será’. Nossa ideia de que mudou as coisas... Na verdade, não vejo mudar muito.
Vejo mudar a cara do personagem. A marionete que está no poder. Mas ainda tem gente morrendo na fila do hospital, criminalidade, economia oscilando. Não vejo mudança, vejo o país sendo desacreditado lá fora da mesma forma. Desde a Dilma, Bolsonaro e Lula. Não passamos seriedade. Quem viveu o Plano Real de verdade viu crescer a importação de instrumentos, por exemplo. Foi realmente algo diferente. Agora, política é sensível. Não falo que ninguém é santo".
Rafael Bittencourt e política
O guitarrista Rafael Bittencourt, membro do Angra, abordou a questão do posicionamento político dos músicos em um episódio do seu podcast "Amplifica", explicando por que acredita que os músicos não necessariamente precisam tomar posições políticas.
Seu argumento gira em torno da ideia de que outras profissões não são cobradas pelo posicionamento político, e isso pode resultar na perda de clientes para os músicos. Bittencourt destaca que alguns artistas optam por não se manifestar politicamente para evitar a revolta do público e a subsequente perda de fãs, que são essencialmente seus clientes.
Ele compara essa pressão para posicionamento político a um dono de mercearia que não diria "Só vendemos chocolate para lulistas" ou a uma farmácia que não declararia "Só entra aqui quem é bolsonarista". Ele questiona por que os artistas deveriam limitar seu público, destacando uma visão utópica onde a música serve para pacificar, trazer alegria e empatia durante shows, culminando em abraços entre o público no final. Ele considera isso uma utopia maravilhosa.
Glebbo, outro músico que participou do programa, acrescentou sua opinião sobre o tema, destacando a percepção generalizada de "burrice". Ele compartilhou uma experiência pessoal ao mencionar seu uso de macacão vermelho nos shows, um símbolo que ficou marcado, mas enfatizou que isso não o torna automaticamente um partidário do PT. Ele criticou tanto Lula quanto Bolsonaro, considerando ambos com ressalvas. Ele expressou a frustração de que seu traje, que deveria ser apenas uma escolha de roupa, tenha sido associado a posições políticas e como isso afetou a recepção do público em determinados eventos.
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