Por que os primeiros álbuns solo de Ozzy Osbourne passaram por regravações?
Por André Garcia
Postado em 05 de outubro de 2023
Pouco após Ozzy Osbourne ter sido demitido do Black Sabbath, ele começou a esboçar uma banda solo com Bob Daisley. Bob contribuiu em "Blizzard of Ozz" como baixista, compositor e co-produtor, além de ter sido co-autor de todo o "Diary of a Madman". Apesar disso, ele (e o baterista Lee Kerslake) foram demitidos pouco antes do lançamento do segundo disco. Para piorar, seus créditos foram dados a seus substitutos, que sequer participaram das gravações.
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A treta acabou indo parar na justiça, com a dupla exigindo não só os créditos, como também o pagamento de royalties. O caso se estendeu por anos, mas acabou eventualmente resolvido com um acordo.
Conforme publicado pela Far Out Magazine, em 2002 aquilo já parecia coisa do passado até que os álbuns foram relançados em CD. Os fãs foram pegos de surpresa quando ouviram que a bateria de Lee e o baixo de Bob haviam sido substituídos por regravações de Mike Bordin e Robert Trujillo. Em press release na época, Sharon Osbourne — esposa e empresária do vocalista — justificou as alterações.
"Devido ao comportamento abusivo e injusto [de Daisley e Kerslake], Ozzy quis removê-los daquelas gravações. Transformamos um aspecto negativo em algo positivo, adicionando um som novo aos álbuns originais."
Em sua biografia I Am Ozzy, entretanto, o Mad Man contradisse Sharon, contando que foi ela a responsável por ter não apenas apagado e regravado a bateria e o baixo, como também backing vocals.
As regravações de 2002 tiveram uma recepção bem negativa. Além de terem sido algo pelo qual ninguém pediu, para piorar, o encarte ou a capa não faziam qualquer menção a elas. Em 2011, "Blizzard of Ozz" e "Diary of a Madman" foram novamente relançados, dessa vez com as faixas como foram originalmente lançadas: com Daisley e Kerslake tocando.
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