Paul Stanley não tem "o reconhecimento que merece", diz Gene Simmons
Por André Garcia
Postado em 16 de novembro de 2023
Gene Simmons e Paul Stanley já eram parceiros musicais desde antes de formarem o Kiss. Ao longo de mais de meio século de íntima convivência, a relação deles é uma mistura de irmãos que dividem o mesmo quarto com um casamento.
Muitas vezes, as palavras que um usa para se referir ao outro não são exatamente doces — principalmente as do linguarudo baixista, com seus comentários ácidos. Conforme publicado pela Guitar, em entrevista para a nova edição da revista Guitar Player ele deixou seu orgulho de lado para reverenciar Paul Stanley não só como guitarrista base, mas solando também:
"Quando começamos a banda em 1972, tinha quela ideia de que Paul e Ace se complementariam, tentariam não tocar na mesma faixa de acordes. O resultado seria um grande som de guitarra com diferentes vozes do mesmo acorde. Mas claramente, muito disso veio de Paul, que não recebe o respeito e o reconhecimento que merece. Paul nunca foi apenas um guitarrista base: ele também sempre foi muito hábil na guitarra solo."
"É Paul que faz o solo em 'A World Without Heroes'; é Paul que toca a harmonia no solo de 'Detroit Rock City'; é Paul na introdução de 'C'mon And Love Me'. E foi Paul que criou a introdução da minha música 'Deuce' — sem ela, a música simplesmente não teria o mesmo impacto. 'Deuce' sem os acordes iniciais de Paul fica unidimensional."
"O background musical de Paul se estende pelas bandas inglesas dos anos 60 e 70, especialmente Zeppelin, até os Byrds. Mas claramente, sua guitarra solo deve muito a Jimmy Page e à abordagem de Page na construção de um solo. O vibrato de Paul, quando ele faz um bendo numa nota, é subestimado, por algum motivo. Mas qualquer bom guitarrista lhe dirá que o vibrato dele é doce como mel."
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