Bono revela a música do U2 que mais o orgulha (e a que mais o constrange)
Por André Garcia
Postado em 05 de novembro de 2023
Ao longo das décadas, não só a sonoridade do U2 foi mudando, como também a imagem pública de seu vocalista Bono. Nos anos 80, ele era visto como um pretensioso e messiânico rockstar; na década seguinte, era visto como um megalomaníaco narcisista; nos primeiros anos do século XXI, era visto como um filantropo mais envolvido em causas políticas do que com a música.
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Possivelmente por conta dessa superexposição tão grande e prolongada, ultimamente temos visto um Bono mais recluso e autodepreciativo. Não faz muito tempo, ele revelou ter vergonha de sua voz. Conforme publicado pela Far Out Magazine, ele tem vergonha também de quase todas as músicas do U2.
"Eu estava no carro quando uma de nossas músicas tocou no rádio, e eu fiquei da cor [de um tomate], como dizemos em Dublin, vermelho. Fiquei simplesmente constrangido. Acho que o U2 passa vergonha com bastante frequência. Talvez esse seja o lugar certo para estar como artista, sabe? Bem na beira da sua tolerância a vergonha."
A seguir, ele revelou a música do U2 que ele mais se orgulha.
"A [música] que mais consigo ouvir é 'Miss Sarajevo', com Luciano Pavarotti. Para ser sincero, a maioria das outras me faz encolher um pouco. Embora 'Vertigo' provavelmente seja a que mais me orgulho. É a maneira como ela se conecta com o público."
Tecnicamente, "Miss Sarajevo" não é uma música do U2, e sim de um projeto paralelo deles com o produtor Brian Eno, que resultou no álbum "Original Soundtracks 1" (1995). Álbum este gravado sob o pseudônimo The Passengers.
Em sua autobiografia, Bono confessou: "Se alguma vez uma música chegou a um ponto ridículo, é 'Where The Streets Have No Name'. Devemos tê-la tocado mil vezes, e não importa o quão ruim seja o show, o quão fora de forma a banda (ou, mais provavelmente, o vocalista), até hoje, quando tocamos ela é como se Deus entrasse na sala."
O vocalista não só não gosta de sua voz e das músicas do U2, como já revelou não gostar nem do nome da banda: "Eu realmente não [gosto do nome], mas eu devia ter algum tipo tardio de dislexia. Eu não percebia que Beatles era um trocadilho ruim também. Em nossa cabeça, era como um avião espião, como o U-boat… era futurista. [...] Não, eu não gosto desse nome."
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