David Gilmour comenta como o Pink Floyd era tóxico para ele
Por André Garcia
Postado em 21 de dezembro de 2023
Nos últimos anos a internet se conscientizou sobre a toxicidade de ambientes e relações. Conforme as pessoas foram prestando atenção nisso, foi ficando claro o quanto o ambiente de trabalho era muitas vezes tóxico. Isso vale tanto para quem trabalha em um prédio, de casa ou na estrada.
O Pink Floyd a partir de meados dos anos 70 se tornou um ambiente de trabalho tóxico para David Gilmour, por conta de seus constantes e crescentes conflitos com Roger Waters. Em entrevista para a Classic Rock em 2014, o guitarrista respondeu sobre a fama de ranzinza que tinha antigamente:
"Na época do Pink Floyd, às vezes eu era uma pessoa bem mal-humorada. Os conflitos com Roger Waters, em particular, tiveram um efeito negativo no meu comportamento. Como guitarrista, cantor e compositor, eu contribuí tanto para o sucesso da banda quanto o Roger, mas ele não queria admitir isso. Mais tarde, todo o peso foi colocado nos meus ombros."
Separados desde que Roger saiu do Pink Floyd em 1985, a dupla passou de parceiros musicais para desafetos, se comunicando exclusivamente por meio de advogados. Em 2005, os fãs foram pegos de surpreso por uma trégua na treta para uma reunião. Waters voltou a subir ao palco com David Gilmour, Richard Wright e Nick Mason para uma curta apresentação no Live 8.
"Foi Roger quem sempre torceu o nariz para uma reunião da banda", acrescentou o guitarrista. "A diferença entre eu e Roger é que eu só consigo manter sentimentos de vingança por um curto período. Com ele, aparentemente, leva um pouco mais de tempo. Fiquei muito feliz que ele não disse não ao Live 8."
Quanto aos eternos rumores de que no Pink Floyd todo mundo se odiava, ele refutou:
"Ainda mantenho contato próximo com o Richard [Wright] e também converso regularmente com o Nick Mason. Não é verdade que não nos suportamos."
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