Os cinco músicos que tiveram as passagens mais longas pelo Megadeth
Por Mateus Ribeiro
Postado em 07 de dezembro de 2023
Se existe um grupo que trocou de integrantes com frequência ao longo de sua carreira, esse grupo é o Megadeth. Em atividade desde o início da década de 1980, o quarteto liderado pelo icônico guitarrista/vocalista Dave Mustaine mudou de formação muitas vezes. Obviamente, Mustaine é o único membro que fez parte de todas as encarnações de seu projeto de vida.
Mais de 15 músicos diferentes passaram pela banda, que é considerada uma das maiores instituições do Thrash Metal. E alguns desses músicos ficaram um bom tempo ao lado de Mustaine, como você pode conferir na lista abaixo, elaborada por Mateus Ribeiro. A seleção apresenta os cinco integrantes que tiveram as passagens mais longas pelo Megadeth. Aperte o play e confira.
David Ellefson
Ex-fiel escudeiro de Mustaine e um dos primeiros integrantes do Megadeth, David Ellefson soma quase 30 anos de serviços prestados à banda, divididos em duas passagens (1983-2002 e 2010-2021). Enquanto foi membro do Megadeth, Ellefson gravou os principais discos de estúdio do grupo, com destaque para "Peace Sells…But Who's Buying?", "Rust In Peace" e "Countdown To Extinction".
A segunda passagem de Ellefson pelo Megadeth se encerrou de forma conturbada em maio de 2021, após o vazamento de conteúdo íntimo. Pelo andar da carruagem, o baixista dificilmente voltará a fazer música com Mustaine.
Marty Friedman
Guitarrista da formação clássica do Megadeth, Marty Friedman foi parceiro de Mustaine entre 1990 e 2000. O talentoso Friedman conquistou o coração dos fãs da banda com suas performances maravilhosas, que podem ser ouvidas em clássicos como "Holy Wars…The Punishment Due", "Hangar 18", "Tornado Of Souls", "Countdown To Extinction" e "A Tout Le Monde".
Friedman saiu do Megadeth em 2000 e a sua saída começou a se desenhar durante as gravações do controverso álbum "Risk" (lançado em agosto de 1999).
"Essa era minha música favorita do álbum na época. Também fiz meu solo favorito do álbum nessa música, mas ele foi substituído por Dave sem meu conhecimento. Apareci em Nashville todo animado para ouvir as mixagens e quando ‘Breadline’ apareceu, fiquei especialmente animado. O solo veio e minha boca caiu no chão. Onde diabos estava meu solo???
Fiquei furioso porque ninguém tinha me contado nada até a música já estar mixada. Acontece que nossos empresários não gostaram do solo que fiz, disseram que era ‘muito feliz e melódico’. Bem, era uma música ‘feliz e melódica’! De qualquer forma, se eles precisassem refazer, eles poderiam ter me dito que eu ficaria feliz em voltar para Nashville e refazer. Essa falta de consideração certamente plantou a semente para eu querer sair da banda.
Era como se eles não precisassem da minha guitarra, eu certamente não precisava estar lá. Não era como se eu fosse Ace Frehley, chapado demais para tocar e que não aparecia no estúdio para gravar. Fiz um ótimo solo e teria ficado feliz em substituí-lo por um que deixasse todo mundo feliz, mas não recebi ligação, nada, até estar na sala de controle ouvindo as mixagens finais", disse Friedman, em um artigo publicado no seu site oficial.
Vinte e três anos depois de sua saída, Marty Friedman voltou a se apresentar com o Megadeth. O músico participou de dois shows da sua ex-banda, realizados respectivamente no Japão e na Alemanha.
Shawn Drover
Contratado em 2004 junto de seu irmão guitarrista Glen Drover, o baterista Shawn Drover foi integrante do Megadeth até 2014 e gravou os álbuns "United Abominations", "Endgame", "Th1rt3en" e "Super Collider".
Em 2016, pouco mais de um ano após sair do Megadeth, Shawn expôs os fatores que o fizeram sair da banda.
"Eu queria fazer música mais pesada. Eu queria expressar minhas próprias ideias musicais, e queria me expressar da maneira que queria, que é criando músicas mais pesadas. E havia outros fatores também. Eu realmente não quero entrar em tudo isso. O resultado final é que nós estávamos tirando um ano de folga – o empresário veio e nos disse que íamos tirar um ano de folga – e eu realmente não queria tirar um ano de folga. Eu pensei, se algum dia houvesse um momento para partir, esse seria o momento, com aquela grande pausa", declarou o baterista, em matéria publicada pelo site Blabbermouth.
Nick Menza
Baterista mais célebre que passou pelo Megadeth, Nick Menza é outro integrante da formação clássica. Nascido na Alemanha, Menza tocou na banda de Dave Mustaine entre 1989 e 1998. Ele também teve uma breve passagem em 2004.
Infelizmente, Nick faleceu em maio de 2016, enquanto se apresentava com sua banda OHM na Califórnia.
Kiko Loureiro
Para encerrar a lista, Kiko Loureiro, virtuoso guitarrista brasileiro (ex-Angra) que integrou o Megadeth de 2015 até 2023 e gravou dois discos: "Dystopia" e "The Sick, The Dying…And The Dead!".
Kiko se afastou do Megadeth em setembro de 2023, por questões familiares. Dois meses depois, a sua ficha foi apagada do site oficial da banda e a partir do dia 26 de novembro, ele passou a ser listado como ex-integrante. O finlandês Teemu Mäntysaari foi escolhido como o seu substituto.
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