As técnicas avançadas que João Gordo usava para enganar sua mãe e matar aula
Por Gustavo Maiato
Postado em 16 de janeiro de 2024
João Gordo nunca foi um grande exemplo de aluno na escola e quando era criança seus pais sofreram para colocar o futuro punk nos trilhos. Em sua biografia "Viva La Vida Tosca", escrita em conjunto com André Barcinski, Gordo dá detalhes do seu ódio direcionado ao ambiente escolar.
"No primeiro dia de aula, minha mãe me deixou no colégio e eu passei o dia todo chorando que nem um retardado. Fiquei lá até o terceiro primário, em 1973. Como toda boa criança cristã brasileira dos anos 1970, fui alfabetizado pela cartilha Caminho Suave. Eu odiava a escola. Pra piorar, minha mãe me deu uma lancheira cor-de-rosa, e a turma toda ficava me zoando. A merda da garrafa térmica não fechava direito, e eu sempre me molhava de água com groselha. Era a maior humilhação. Foi um dos piores períodos da minha vida. No recreio eu bebia água com groselha e comia sanduíche de mortadela da Sadia.
Ratos De Porão - Mais Novidades

Meu pai achava que eu ia tomar jeito numa escola religiosa, mas foi o contrário: fiquei uma peste pior ainda. Eu só fazia merda. Comecei a me interessar por bombinha. Comprava aqueles cabeções de nego. Meu pai era polícia e saía cedo pra trabalhar. Minha mãe arrendou um salão. Eu aproveitava que eles não estavam em casa, cabulava aula e ficava o dia todo vendo desenho na tb. Eu fazia de tudo pra ficar doente, mas não conseguia: tomava banho quente e depois ia pra frente da geladeira e passava gelo no peito, fingia que estava gripado e com febre, fazia atrito no termômetro, mas nunca dava certo. Tudo isso pra faltar a escola e ficar vendo TV.
Sua mãe, Dona Laura, relatou como seu filho tentava a enganar: "O João tinha uma técnica pra matar aula: ele pegava o uniforme da escola e amassava ele todo, como se tivesse sido usado. Quando eu voltava o trabalho e via a roupa daquele jeito, achava que ele tinha ido à escola, mas na verdade ele tinha ficado o dia todo vendo filme do Mazzaropi na TV. Só descobri quando a escola me e avisou que ele não aparecia. Ia fazendo quinze dias".
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O primeiro tecladista estrela do rock nacional: "A Gloria Pires ficou encantada"
Axl Rose ouviu pedido de faixa "esquecida" no show de Floripa e contou história no microfone
A melhor música dos Beatles, segundo o Ultimate Classic Rock
Nicko McBrain revela se vai tocar bateria no próximo álbum do Iron Maiden
Documentário de Paul McCartney, "Man on the Run" estreia no streaming em breve
O convite era só para Slash e Duff, mas virou uma homenagem do Guns N' Roses ao Sabbath e Ozzy
Regis Tadeu explica por que não vai ao show do AC/DC no Brasil: "Eu estou fora"
Janela de transferências do metal: A epopeia do Trivium em busca de um novo baterista
Slash quebra silêncio sobre surto de Axl Rose em Buenos Aires e defende baterista
A banda desconhecida que influenciou o metal moderno e só lançou dois discos
Organização confirma data do Monsters of Rock Brasil 2026
"Suas calças fediam"; Linda Ronstadt diz que The Doors foi destruída por Jim Morrison
O clássico do Queen que Elton John achou título péssimo: "Vocês vão lançar isso?"
Krisiun celebra o aniversário do clássico "Apocalyptic Revelation", gravado em apenas uma semana
O que realmente fez Bill Ward sair do Black Sabbath após "Heaven & Hell", segundo Dio

O grupo de rap que canta em língua ancestral que não sai dos ouvidos de João Gordo
O navio que vinha da Austrália e acabou fazendo Ratos de Porão inventar o crossover
O filme que influenciou a cena das gangues punks de São Paulo, segundo João Gordo
João Gordo celebra os 39 anos de "Reign in Blood", clássico do Slayer e do thrash metal
D.R.I. confirma shows no Brasil com o Ratos de Porão
As "traições do movimento" mais emblemáticas do rock 'n roll
Por que Casagrande precisou de escolta de psicóloga para participar de programa de Gordo?


