O cover de uma música clássica do Queen que deixou Brian May horrorizado
Por Marcos A. M. Cruz
Postado em 22 de fevereiro de 2024
A ideia de fazer covers na música envolve duas formas diferentes de abordagem. Em uma delas, os artistas escolhem ser fiéis ao original, reproduzindo cada nota e arranjo de maneira detalhada, mantendo a essência da música original. Essa abordagem preserva a familiaridade e a nostalgia da música original, oferecendo uma interpretação leal e fiel ao que foi concebido originalmente.
Por outro lado, há a opção de reinterpretar a música de uma maneira totalmente diferente. Nesse caso, os artistas têm a liberdade criativa de remodelar a canção, criando algo novo e único, recriando um trabalho que originalmente foi concebido para ser de uma determinada maneira de uma forma muitas vezes jamais imaginada antes.
Agradar ou não ao autor da obra nem sempre é um dos objetivos ao se realizar covers na música. Muitas vezes, a verdadeira natureza e eficácia de uma versão só se revelam após a conclusão do processo criativo. A escolha entre a fidelidade ao original e a reinterpretação pode envolver uma busca por novas formas de expressão artística, às vezes distantes da visão inicial do criador da música. O resultado final pode surpreender, cativando audiências de maneiras inesperadas.
Sendo assim, a prática de fazer covers não se limita à simples reprodução, mas também serve como um meio de reinventar e revitalizar composições existentes, oferecendo uma nova perspectiva tanto para os artistas quanto para o público, independentemente de agradar ou não ao criador original.
E em um caso envolvendo o Queen, Brian May revelou que não gostou do resultado final de uma dessas recriações artísticas: "Eles rearranjaram totalmente e arrancaram uma das partes mais importantes da música", disse o guitarrista sobre a recriação de "The Show Must Go On" feita para o filme "Moulin Rouge".
Lançado em 2001, "Moulin Rouge" é um filme australo-estadunidense dirigido por Baz Luhrmann, que mistura drama com musical e que se inspira em três diferentes peças de ópera, e conta no trecho em que recriam "The Show Must Go On" com Nicole Kidman, Jim Broadbent e Anthony Weigh como protagonistas.
A parte que foi "arrancada" que Brian se refere é um trecho da letra a que ele se refere como sendo "um presente de Deus": "Acordei uma manhã com a imagem de borboletas na cabeça e pensei que adoraria ouvir Freddie cantar: 'Minha alma está pintada como as asas de borboletas', 'My soul is painted like the wings of butterflies'".
Brian disse, conforme resgatou a Far Out: "Fiquei horrorizado. Fiquei tão chateado quando vi aquele filme e constatei que eles simplesmente pegaram a música e a transformaram em algo bem diferente. Então, sim, isso é tudo que posso dizer, realmente. Gostaria que eles tivessem perguntado como fazer, e gostaria que tivessem deixado a gente participar dela", finaliza.
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