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Por André Garcia
Postado em 18 de março de 2024
Bruce Dickinson, já estremecido no Iron Maiden por divergências criativas desde a gravação do "No Prayer For the Dying" (1990), deixou finalmente a banda após "Fear of the Dark" (1992). Inicialmente, ele foi muito questionado. Será que como artista solo ele deslancharia como Ozzy Osbourne ou quebraria a cara como Steven Tyler?
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O momento da verdade para ele foi seu terceiro disco solo, "Balls to Picasso" (1994) por ter sido o primeiro lançado após encerrar seu vínculo com o Iron Maiden. E foi dele que veio seu maior hit, "Tears of the Dragon" — uma power balada de bater de frente com as melhores dos Scorpions. Recentemente, à Revolver ele a declarou a melhor música que ele já compôs.
"Eu diria 'Tears Of The Dragon', porque não sei o que significa. Mas significa alguma coisa! Essa música realmente afeta as pessoas; ela me afeta. Eu sei do que se trata: abandono — não de ser abandonado [por alguém], mas de se abandonar ao universo, ao que quer que venha a seguir. Só que ainda não sei o que são as tais 'lágrimas do dragão' [do título]. Nunca entendi aquilo. Funciona e significa algo, mas não sei o que é. E é por isso que é ótimo."
Apesar de contar seu maior hit, Bruce Dickinson não ficou muito satisfeito com seus primeiros trabalhos solos, e "Balls to Picasso" não saiu ileso. Recentemente o vocalista expressou seu desejo de futuramente remixá-lo para "fazer dele o disco que ele poderia ter sido".
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