O país que não existe mais e reprovou entrada de Bruce Dickinson no Iron Maiden
Por Gustavo Maiato
Postado em 19 de fevereiro de 2025
A Iugoslávia, país que se desintegrou no início dos anos 1990, foi uma nação onde a entrada de Bruce Dickinson no Iron Maiden foi mal recebida. A afirmação é do escritor Stjepan Juras, no livro "The Number of the Beast – Um Clássico do Iron Maiden", publicado no Brasil pela editora Estética Torta.
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Segundo Juras, o vocalista original, Paul Di’Anno, possuía uma identidade que dialogava diretamente com o público iugoslavo. "Seu estilo, rebeldia e modo de cantar eram um modelo perfeito do protótipo new wave – não uma referência ao New Wave of British Heavy Metal, mas ao termo como redefinido e utilizado nos países da ex-Iugoslávia, unindo todo um espectro de rock rebelde, punk, ska e demais bandas alternativas que pipocavam naqueles dias, que nem cogumelos na chuva", escreve o autor.
O Iron Maiden fez sua estreia nos palcos iugoslavos em 1981, ainda com Di’Anno nos vocais, e foi recebido com entusiasmo. No entanto, a mudança de vocalista alterou drasticamente a percepção do público local sobre a banda. "A vinda de Bruce Dickinson, porém, e sua transição para um heavy metal puro-sangue, foi reprovada, recebida com desinteresse e punida com a baixa vendagem de ingressos", afirma Juras.
O desinteresse foi tão grande que a turnê de 1982, já com Dickinson, acabou cancelada. "Logo após a estreia de sucesso nos palcos do país, em 1981, o concerto de 1982 teve que ser cancelado", explica o autor. Camisetas promocionais do evento, já produzidas, tornaram-se um símbolo do fracasso. "As camisas produzidas antecipadamente são as únicas testemunhas de um absurdo – que as pessoas, na época, eram incapazes e não queriam acreditar que a adição de Dickinson à banda anunciava uma mudança que transformaria, para sempre, os fundamentos da música que conhecíamos."
Para Juras, a rejeição ao novo vocalista reflete uma característica cultural e política mais ampla da região. "Ainda hoje, já mais velho, não me surpreendo ao ver países nesta região que nunca reconheceram um momento oportuno, no sentido geopolítico, onde seus povos são incapazes de ver claramente o futuro estampado na frente", conclui.
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