O erro que Nelson Gonçalves cometeu e Renato Russo não cometeu, segundo André Barcinski
Por Gustavo Maiato
Postado em 04 de maio de 2024
Não é raro no mundo da música observar artistas que decidem explorar novos estilos musicais ao longo da carreira ou em um projeto paralelo. Na música brasileira, dois exemplos desses foram comentados durante episódio do podcast B3+1, que conta com o jornalista André Barcinski como um dos apresentadores.
Na ocasião, foi comentado sobre o exemplo do cantor de MBP e samba Nelson Gonçalves, que resolveu se aventurar no mundo do rock no disco "Ainda é Cedo", de 1997, com covers de bandas como Paralamas do Sucesso e Legião Urbana.
Os participantes do bate-papo concordaram que a aventura no rock não foi uma boa experiência para Nelson Gonçalves, que já estava debilitado pela idade e resolveu explorar um estilo que não tinha nada a ver com sua carreira artística.
Perguntaram para Barcinski, então, se o trabalho solo de Renato Russo cantando italiano ia por esse mesmo caminho de ser tão diferente do que se está acostumado – no caso, o rock da Legião Urbana, que causaria estranhamento e seria ruim.
Para Barcinski, entretanto, Russo não cometeu o mesmo erro, já que existe algum elemento de conexão pelo menos nesse caso. O disco alvo do debate é o "Equilíbrio Distante" (1995).
"Esse do Nelson é pior. O Renato Russo pelo menos tem a ver. Ele é de família italiana e sempre cantou. Eu acho que tem mais a ver. O do Nelson é bem nada a ver. Não é que eu ache bom o do Renato, mas faz mais sentido ele gravar em italiano. Agora, o Nelson Gonçalves é mais engraçado. Eu fui nesse show dele, foi o último disco. Ele não estava cantando bem, mas com esse repertório foi lamentável".
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