O hit do Barão Vermelho que Cazuza alterou conselho picante na letra para burlar censura
Por Gustavo Maiato
Postado em 15 de agosto de 2024
Em episódio do Inteligência Ltda., os jornalistas Sérgio Martins e Júlio Ettore comentaram sobre os artifícios que as bandas de rock precisavam fazer nos anos 1980 para driblar a censura, que ainda imperava nas gravadoras.
"Tem histórias de músicas que precisaram mudar a letra para passar na censura. O Eduardo Dussek tinha uma chamada ‘Barrados no Baile’ que dizia ‘bolinhas para não dormir’, ele mudou para ‘picadas para não dormir.
Barao Vermelho - Mais Novidades
A ‘Sonia’, do Leo Jaime, era ‘você vai na frente e eu atrás, atrás de mim outro rapaz’, mudou também [e virou ‘Cê vai na frente que eu vou atrás, dançando o Hully-Gully e tudo mais’ nas rádios]. Tem um disco dos Miquinhos Adestrados que dizia ‘Você roubou meu coração’. Ele falava uns palavrões no meio da música, só que muito rápido. Nos anos 1990, o Raimundos usava muitas letras com duplo sentido, que era típico do forró nordestino", disse Sérgio Martins.
"Nos anos 1980, eles precisavam se esforçar para passar o recado. Nos anos 1990 era mais fácil. Lembro do primeiro disco do Barão Vermelho, que a letra original de ‘Posando de Star’ dizia ‘você precisa é dar’, mas o Cazuza mudou para ‘você precisa é dar-se’", concluiu. Júlio Ettore.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps