A vingança calculista que Barão Vermelho fez na hora que baixista pediu para sair
Por Gustavo Maiato
Postado em 24 de setembro de 2023
Na época da composição e gravação do disco "Na Calada da Noite" (1990), o Barão Vermelho já era uma banda consagrada dentro do cenário do rock nacional, com hits como "Pro Dia Nascer Feliz" e "Bete Balanço" já estourados.
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O grande problema nessa ocasião surgiu quando o baixista Dé resolveu sair do Barão Vermelho alegando diferenças criativas. Foi então que o baterista Guto Goffi teve uma ideia que viria como uma vingança calculista.
Para substituir Dé, ele convidou ninguém menos do que Dadi, que era ídolo do Dé. Isso causou uma saia justa para Dadi, que precisou comunicar seu amigo cheio de dedos que ia entrar no Barão. A história foi contada por Guto em entrevista ao Corredor 5.
"O baixista Dadi entrou já com cinco bases gravadas no disco ‘Na Calada da Noite’. O Dadi era o ídolo do Dé, isso foi bacana, né? Quem vamos chamar para o lugar o Dé? Isso foi ideia minha, tenho esse gênio horroroso de fazer esse tipo de vingancinha! Eu que escolhi, porque ele ia ficar puto. O Dé falou que quando viu o Dadi falou: ‘Que sacanagem!’ O Dadi ligou perguntando se estava tudo bem, porque tinham chamado ele para o Barão Vermelho. Nessa época, todo mundo vira banda, não tem isso mais de músico contratado".
Barão Vermelho sem Cazuza
Em entrevista ao mesmo Corredor 5, Peck Mecenas, que em 1990 trabalhava como assistente de produção nos shows do Barão Vermelho, comentou sobre o disco ao vivo "Na Calada da Noite". Ele afirmou que havia viajado muito com o Barão Vermelho naquela época e que era durante a turnê ao vivo de 1990 que ele presenciou o show com a futura esposa de Frejat, Alice Pellegatti.
Peck Mecenas relembrou que a banda abria o show com o Hino Nacional, seguido pelo solo de Frejat e a música "Bicho Humano". Ele observou que a banda ganhou muita força durante a transição do disco "Carnaval" para o ao vivo, especialmente com a canção "Pense e Dance", que foi trilha sonora da novela Vale Tudo. Peck Mecenas também destacou que Frejat começou a cantar mais, o que trouxe uma mudança significativa para a banda.
Foi então que o apresentador Clemente Magalhães comentou que, em sua opinião, essa produção ao vivo ajudou a banda a se consolidar mesmo sem a presença de Cazuza. Ele elogiou o disco ao vivo e o show, afirmando que a memória de Peck Mecenas era impressionante, e sugeriu que foi nesse momento que o Barão Vermelho, sem Cazuza, realmente ganhou força.
Em outra entrevista ao mesmo podcast, Luis Felipe Couto, atual empresário do Barão Vermelho, falou sobre como a banda estava se adaptando após a saída de Frejat. Ele mencionou que, pela primeira vez na história, tinham Frejat como um concorrente em relação a contratos e público. Luis Felipe Couto também mencionou o processo de aceitação por parte do público e como a pandemia afetou a banda, forçando-os a olhar para dentro e trabalhar em sua imagem de marca de forma positiva.
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