A alfinetada de John Lennon em George Harrison por um erro que lhe custou uma fortuna
Por Bruce William
Postado em 23 de dezembro de 2024
George Harrison aproveitou sua liberdade criativa após o fim dos Beatles para lançar músicas que não tiveram espaço no grupo. Conforme destaca a Far Out, seu álbum "All Things Must Pass" chamou atenção no mundo da música, sendo até hoje um trabalho aclamado por fãs e críticos.
Entre as faixas, "My Sweet Lord" despontou como o primeiro single solo de Harrison, refletindo sua espiritualidade por meio de um mantra. Ele disse na época: "Mantras são, bem, eles chamam de uma vibração sonora mística encapsulada em uma sílaba. Tem esse poder dentro dela. É simplesmente hipnótica."
Apesar do sucesso, "My Sweet Lord" gerou polêmica, com Harrison sendo acusado de plágio pelo grupo The Chiffons, que alegou semelhanças com a música "He's So Fine". Após um longo e tumultuado processo que se arrastou por muitos anos, George foi condenado a pagar 587 mil dólares em por ter cometido um "plágio involuntário". Harrison negou que se inspirou em "He's So Fine" e afirmou em diversas entrevistas que ele teve a ideia para "My Sweet Lord" a partir da música "Oh Happy Day", do grupo The Edwin Hawkins Singers.
A Songfacts conta a origem da canção: "Durante o complexo caso judicial, George Harrison explicou como compôs a música. Ele relatou que, em dezembro de 1969, estava se apresentando em Copenhague, na Dinamarca, com o grupo Delaney and Bonnie, cujo pianista era Billy Preston (que colaborou em algumas gravações dos Beatles). Harrison afirmou que começou a escrever a música após uma coletiva de imprensa, quando se afastou e começou a tocar alguns acordes de guitarra em torno das palavras 'Hallelujah' e 'Hare Krishna'. Depois, ele apresentou a música à banda, que o ajudou a desenvolvê-la enquanto ele criava a letra."
"Quando voltou a Londres, Harrison trabalhou no álbum 'Encouraging Words', de Billy Preston. Eles gravaram a música para o álbum, que foi lançado pela Apple Records no final de 1970. Harrison também registrou um pedido de direitos autorais para a melodia, letra e harmonia da música. A versão de Preston permaneceu como uma faixa do álbum, mas foi o single de Harrison que se tornou um grande sucesso e provocou o processo judicial, movido em 10 de fevereiro de 1971, enquanto a música ainda estava nas paradas.
E quando perguntaram a John Lennon durante uma entrevista à Playboy sobre a música e se ele achava que Harrison havia deliberadamente cometido plágio, Lennon disse que George poderia ter tomado algumas medidas para evitar as semelhanças. "Ele deveria saber, ele é mais esperto do que isso. É irrelevante, na verdade; só importa em nível monetário. Mas ele poderia ter mudado alguns compassos na música e ninguém jamais poderia tê-lo acusado, mas ele simplesmente deixou passar e pagou o preço. Talvez ele tenha pensado que Deus o perdoaria.".
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