O álbum de Raul Seixas que ele considera doutrinário: "Já reparou meu dedo na capa?"
Por Gustavo Maiato
Postado em 16 de dezembro de 2024
Em uma entrevista reproduzida no livro "Raul Seixas – Por Ele Mesmo", de Sylvio Passos, o cantor compartilhou reflexões sobre sua trajetória artística e pessoal. Raul destacou aspectos de sua obra e comentou sobre sua relação com ideias e influências que marcaram sua carreira.
Ao falar sobre o álbum "Novo Aeon", de 1975, Raul expressou satisfação com o trabalho. "Esse disco, ‘Novo Aeon’, eu estou feliz com ele porque ele reflete exatamente isso", disse, referindo-se a um período de descobertas e reinvenção pessoal.
Sobre o icônico álbum "Gita", de 1974, o músico revelou uma crítica surpreendente. "Eu não gosto de ‘Gita’." Questionado sobre o motivo, explicou: "É um disco doutrinário. Já reparou na capa? Estou eu lá, de dedo pra cima, veja se é possível!".
Ele continuou: "Como se eu quisesse indicar caminhos para as pessoas. Mas é retrato mesmo do que eu fui no passado. Eu estava pondo pra fora o meu lado de Cristo, de Jesus, sabe como é, que adora sofrer pelas pessoas, mostrar o caminho às pessoas. Gita foi todo assim."
Raul ainda refletiu sobre sua postura nos palcos naquela época. "Eu não fazia shows propriamente. Eu fazia discursos... sei lá... pregações... queria dizer coisas às pessoas, mas ao mesmo tempo eu discutia aquilo, discutia o fato de... por que eu ali em cima do palco."
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