Bruno Sutter ensina truques para facilitar doações via Pix e reflete sobre sua carreira
Por Gustavo Maiato
Postado em 16 de janeiro de 2025
Bruno Sutter, conhecido como vocalista do Massacration e criador do personagem Detonator, é um artista multifacetado. Além da música, ele transita pelo humor, dublagem e empreendedorismo. Em uma entrevista ao podcast Headpilhas, Sutter compartilhou uma dica simples, mas valiosa, para quem busca receber doações via Pix de maneira mais prática e organizada.
A sugestão do cantor é criar um e-mail exclusivo para a chave Pix, facilitando o processo para quem deseja contribuir. Segundo Sutter, essa estratégia reduz barreiras e incentiva as doações. Ele exemplifica com bom humor:
"Meu Pix é de um e-mail exclusivo. Eu podia estar roubando, matando ou no Zorra Total. Mas escolhi viver de rock, humor e música, áreas que não trazem grandes quantias monetárias. Você pode mandar até 6,66 centavos com uma mensagem carinhosa. [risos] É importante que o e-mail seja específico para isso, como ‘algumacoisapix’. Isso facilita muito. Essa invenção do Pix foi fantástica!"
Sutter destacou que usar e-mails como chave Pix traz mais segurança e profissionalismo, especialmente para artistas independentes. Chaves aleatórias ou números de celular, na opinião dele, dificultam a identificação e podem afastar possíveis apoiadores.
A reinvenção de Bruno Sutter: humor, música e desafios
A trajetória de Sutter, entretanto, não se resume à música. Ele enfrentou momentos difíceis após o encerramento de seu contrato com a MTV, onde atuou por uma década. O vocalista comentou em outra entrevista, desta vez ao Flow Podcast, que teve que se reinventar para transformar a notoriedade conquistada em meios de sustento.
Foi no evento Anime Friends, em São Paulo, que ele deu um exemplo claro de como enfrentou esses desafios. Ao invés de receber um cachê fixo, negociou com a organização a possibilidade de montar um stand para vender produtos de merchandising. Apesar da vergonha inicial, o esforço compensou.
"Investi na produção de produtos com minha imagem e montei o stand sozinho. Foi ali que percebi como o merchandising pode ser uma solução para artistas independentes. Hoje, vejo o Detonator como um produto rentável, o que me permite continuar na música sem depender exclusivamente de grandes gravadoras."
Assista abaixo a entrevista completa.
O peso do humor na carreira solo
Apesar de ter sido eleito três vezes o melhor vocalista de heavy metal do Brasil, Sutter admite que seu lado humorístico às vezes prejudica o reconhecimento de sua carreira solo. Em entrevista ao site Igor Miranda, ele refletiu sobre como o público lida com sua dualidade artística.
"Aqui no Brasil, se você é humorista, dificilmente será levado a sério em outra área. Nos Estados Unidos, o humorista está no topo da cadeia midiática. Por aqui, quando lanço algo sério, as pessoas acham legal, mas não deixam de rir. Mesmo assim, já vendi cerca de 40 mil cópias de discos independentes. Pode não parecer sério para alguns, mas sustenta muito bem minha carreira."
Esse "preconceito" não desanima o artista, que prefere encarar a situação com leveza. Ele considera o humor uma ferramenta poderosa, mas reconhece que precisa equilibrá-lo com a música para alcançar diferentes públicos.
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