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Frank Zappa - O que disse Kent Nagano, que conduziu sua obra com a Sinfônica de Londres

Por Antonio Ibert
Postado em 22 de fevereiro de 2025

Em Junho de 1983, Frank Zappa foi um dos temas abordados pela Revista Mix, dos Estados Unidos (por Dan Forte). Nesta edição, além de entrevista com o músico, a revista também contou com o relato do maestro Kent Nagano, que conduziu a Orquestra Sinfônica de Londres num programa com obras de Zappa.

Frank Zappa - Mais Novidades

Foto: Dominio Público - Wikipedia
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Leia abaixo a tradução completa deste relato.

"Um dos meus maiores interesses está na música nova. Mas não simplesmente qualquer música; ela precisa ser de qualidade suficiente para adentrar o repertório clássico tradicional. Não tenho interesse algum em música experimental ou avant-garde; Estou interessado em música nova que já solucionou seus problemas e é uma forma de arte altamente refinada. Quando ouvi que Frank Zappa tinha sido comissionado para escrever algumas peças para Pierre Boulez, eu fiquei extremamente curioso, pois essa é uma das maiores honras que um compositor pode receber - um convite de Boulez para escrever uma peça para seu grupo de câmara.

Então entrei em contato com a gerência de Frank, e tive um encontro com ele no backstage quando ele tocou na Berkeley Community Theater, no final de 1981. Ele me mostrou a partitura e disse: "Isso aqui é o que eu faço". Então eu me sentei ali e a examinei, e a partitura era simplesmente extraordinária. Não era algo que eu poderia simplesmente sentar e casualmente dar uma olhada. Era algo muito, muito sofisticado, e eu não podia nem escutá-la mentalmente. Eu precisei levá-la para casa e estudá-la junto ao piano. Ele me deixou levá-la emprestada e me deu mais algumas outras partituras. Precisei de um bom tempo para chegar ao final da obra. Tenha em mente que sou um daqueles babacas eruditos com educação em excesso - com uma bagagem teórica enorme. Eu fiquei muito empolgado. Para alguém como eu, que examina, sem exageros, entre 50 e 60 novas partituras por ano, foi muito renovador ver uma partitura trabalhada de forma tão fina como essa. Então telefonei a Frank e o disse que eu gostaria de tocar a peça. Sua resposta, que agora eu entendo ser típica mas que na época meio que me pegou de surpresa, foi: "O que te faz pensar que você consegue tocar a peça?"

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Nós tivemos uma reunião sobre a peça, mas o maior problema foi o de conseguir juntar tempo suficiente de ensaio para fazê-la da forma certa, o que é um empreendimento muito caro. A música é tão complicada que é necessário talvez cinco vezes mais ensaios do que o normal, então se você está trabalhando com uma orquestra que tem um sindicato, isso quer dizer muito dinheiro. Mas então Frank me ligou e me convidou para ir a Londres.

O maior obstáculo para a música de Frank entrar no repertório clássico tradicional é o fato de demandar técnicas que não são comumente requisitadas ao músico sinfônico comum. Não estou dizendo que eles não possam tocá-la, mas a técnica envolvida está bem à frente de seu tempo. Daqui a 30 anos, músicos de orquestra vão ter essa técnica.

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A composição em si usa elementos bastante conservadores, em termos da base que é usada para construir essa peça. A forma é identificável e remonta à história da música; Não tem nada tão radical sobre as harmonias - ele usa a escala dos doze tons dentro de seu modo particular, que ele inventou. O tempo é por vezes muito sofisticado, mas na maior parte não tem nada de muito novo para músicos sinfônicos. O que eu considero quase pioneiro na sua escrita sinfônica, é seu uso do que chamamos de ritmos irracionais. Um exemplo seria 7 contra 6, 8 contra 3, 17 contra 2, 9 contra 2. São parte muito comum na linguagem de Frank. Quando você tem talvez trinta e duas pessoas tocando o mesmo ritmo em uníssono, você precisa sentar e achar uma forma de fazê-lo com precisão. Este tipo de disciplina, penso eu, terá efeitos de longo alcance.

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Como proponente de música nova, estou muito comprometido com a literatura orquestral de Frank, pela altíssima qualidade das técnicas empregadas na sua escrita. Não tem virtuosidade pela virtuosidade, não há efeitos por si só. Não é fusion de forma alguma, mas uma escrita completamente sinfônica, escrita dentro dessa tradição.

E construídas nela estão tantas dimensões que toda vez que você volta e trabalha nela, você vê um novo nível de profundidade que você não era capaz de ver antes – o que é um aspecto das grandes obras. Toda vez que você ouve o Júpiter de Mozart, se você é uma pessoa perceptiva e sensível, você ouve algo que você não tinha ouvido antes. Outro aspecto das grandes obras de arte é que pessoas de todos os níveis de sofisticação podem ouví-la e se relacionar com ela em algum nível; de uma pessoa que só conhece rock e beisebol a um idiota excessivamente educado, erudito, qualquer um pode ser tocado de alguma forma. E a música de Frank passa nesses dois testes."

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A obra em questão pode ser ouvida abaixo.

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