Roger Waters discursa na ONU e critica Estados Unidos por influência na Guerra da Ucrânia
Por João Renato Alves
Postado em 20 de fevereiro de 2025
Na última segunda-feira, 17 de fevereiro, Roger Waters discursou via Zoom em reunião no Conselho de Segurança da ONU que abordava a guerra em território ucraniano. O líder do Pink Floyd em sua fase mais bem-sucedida se apresentou como um "velho músico" disposto a "falar sobre guerra, paz e amor".
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Após as apresentações iniciais, o britânico começou afirmando que o povo local está dividido entre os cidadãos "pró-Rússia ou anti-Rússia". A seguir, insinuou que os aliados ocidentais da Ucrânia, como o Reino Unido e os Estados Unidos, influenciaram o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a dar continuidade à guerra. Ele disse, conforme registro do Observador:
"Esta guerra convém aos americanos. Eles acham que enfraquecerá a Rússia. Então foi decidido continuar pelo tempo que for preciso. (…) Quanto mais tempo demorar, melhor. Eles continuarão a enviar munições, é claro, e gostariam que você [se dirigindo a Zelensky] apenas continuasse a lutar."

Crítico a Donald Trump, Waters elogiou a recente aproximação do presidente dos Estados Unidos com Vladimir Putin, líder russo. "Talvez haja um vislumbre de luz no fim deste túnel escuro de guerra. Chegou três anos e centenas de milhares de vidas inestimáveis tarde demais. Mas talvez, apenas talvez, seja um começo."
Na manifestação, Roger contava com uma bandeira da Palestina em sua lapela. Como não era o assunto do encontro, se limitou a falar: "O que se passa na Palestina não é bem uma guerra. Mas não me ponham a falar sobre isso."
Apesar da tentativa de Trump em estabelecer uma conexão, vários países da Europa se manifestaram deixando claro que não deve haver negociação de paz sem o envolvimento da Ucrânia – argumento anteriormente utilizado por Zelensky.

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