Os dois segredos que levaram um brasileiro para a fama e amizade com astros da bateria
 Por Emanuel Seagal
Por Emanuel Seagal
Postado em 01 de fevereiro de 2025
Mauricio Weimar é professor de música na Noruega e já ensinou bateria, violino, violão, guitarra, baixo e marimbas africanas. Na música pesada, ele é conhecido pelo seu passado nas baquetas das bandas de death metal Nephasth e The Ordher, e atualmente pelo Extreme Drums, que mantém no YouTube e Instagram e pelo qual foi premiado como "Melhor Baterista do Instagram de 2023", em votação da Drumeo, e "Melhor Baterista em Streaming / Redes Sociais de 2024", em votação dos leitores da revista Modern Drummer.

 
Ele lançou recentemente a página Extreme Drums Brasil, onde fala exclusivamente em português, contou um pouco da sua trajetória no Instagram, saindo de poucas visualizações até os milhões que recebe em alguns dos seus vídeos mais populares. Deixando claro que não quer contar vantagem, mas sim inspirar outros músicos, citou ainda como se tornou próximo de alguns astros da bateria, ao ponto de receber mensagens aleatórias com memes e brincadeiras de gente com muita história no metal.
"Já aconteceu de várias vezes eu estar em outra cidade, em Bergen, Oslo, e as pessoas me pararem pra tirar foto, falar que curtem meu trampo no Instagram. Cara, no show do Pantera (em Oslo) teve horas que eu não conseguia nem andar, porque tinha fila de cara querendo tirar foto comigo e trocar uma ideia", disse, acrescentando que alguns anos atrás esse tipo de situação pareceria inimaginável. O Extreme Drums foi criado na pandemia, e, embora conhecido por outros bateristas e fãs brasileiros, nos primeiros vídeos, se comparado com o sucesso atual, "não acontecia nada", o obrigando a tentar outros formatos. "Tem que testar uma estratégia nova, senão tu vais ter os mesmos resultados", concluiu.
 
Seu formato de sucesso é um breve "react" de um trecho de bateria de uma música conhecida, seja no rock ou metal, e em seguida ele toca lentamente esse trecho na bateria, finalizando com ela na velocidade original, tudo isso, é claro, com o seu tradicional bom humor que frequentemente arranca risadas da galera. Foi assim, tocando "Blackened", do Metallica, que atingiu um milhão de visualizações, e então repetiu a fórmula, sempre com sucesso. O formato pode parecer simples, mas outros músicos tentaram sem sucesso essa fórmula. Segundo Mauricio, há dois segredos para ter funcionado para ele, confira:
Fidelidade ao trabalho original
"Eu fazia um vídeo do Igor Cavalera e ele curtia, fazia um vídeo do Paul Bostaph (Slayer, Kerry King, ex-Testament), ele ia lá e curtia, fazia do Charlie Benante (Anthrax) ele curtia e comentava alguma coisa, tipo 'meu, tu é foda', e dava o like e os caras compartilhavam. Fazia do Mike Portnoy (Dream Theater), (ele) curtia, compartilhava e escrevia. Mario Duplantier (Gojira), mesma coisa, e assim foi indo."
 
"Isso deu certo porque eu faço fiel ao original, e o cara que criou, ele gosta de ver a pessoa prestando atenção nos detalhes, porque aí dá pra ver que a pessoa realmente gosta daquilo e admira, e tem respeito. Então imagina um Mike Portnoy olhando eu desvendar uma virada, uma introdução complicada dele, notinha por nota, perfeito, que nem ele mais lembrava como é que é, e isso dá um prazer do caralh* pro autor."
A sua personalidade
"Até hoje tem um monte de gente tentando fazer a mesma coisa, os caras copiam a fórmula igualzinha. Vocês já viram? Alguns conseguem umas visualizações boas, mas não conseguem ter os seguidores. A maioria patina, pode fazer a mesma fórmula, não adianta, porque tem personalidade envolvida. A minha personalidade mais bem-humorada, com esse tipo de conteúdo, deu certo. Às vezes a pessoa não vê muito por causa do conteúdo, mas porque sou eu que tô fazendo, e o cara se diverte. Às vezes nem é uma música que o cara gosta, mas ele assiste e compartilha."
 
Mauricio finalizou a sequência de vídeos contando que seus formatos antigos fazem sucesso quando ele reposta, mostrando que estava no caminho certo, e incentivou os músicos a tentarem formatos diferentes até acharem algo que combine com suas personalidades. "Posta sem hashtag, sem texto, tem que tentar e experimentar", explicou, salientando a importância de ser algo natural, baseado na personalidade do músico, pois se for algo muito forçado, onde seja preciso "virar ator", se tornará cansativo e inviável manter por muito tempo.
Além das premiações, milhões de visualizações, reconhecimento de empresas e outros bateristas, ele citou também a amizade que conquistou com outros bateristas. "Charlie Benante me escreve mais que meus amigos. O cara escreve, do nada, me manda um videozinho, um meme. O cara ficou íntimo mesmo. Outro cara, que já troquei muita ideia legal, e fica me mandando videozinho de meme de vez em quando, o Fredrik Thordendal, do Meshuggah. O cara me colocou na lista de convidados do Meshuggah lá em Oslo, fui lá ver o cara. Tem um monte de história legal pra caralho", contou.
 
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