As melhores músicas do "Álbum Branco" dos Beatles, de acordo com Paul McCartney
Por Bruce William
Postado em 23 de março de 2025
A gravação do "White Album" foi um dos períodos mais tensos da história dos Beatles. John Lennon chegou a dizer que "a separação dos Beatles pode ser ouvida nesse disco" , e, de fato, as sessões de 1968 deixaram claro que a amizade entre os integrantes estava ruindo. Mesmo em meio a conflitos e distanciamentos, o álbum ainda trouxe algumas das músicas favoritas de Paul McCartney em todo o catálogo da banda.
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McCartney nunca teve dúvidas sobre a importância do disco. Ele chegou a ironizar as críticas dizendo: "Foi ótimo, vendeu. É o maldito 'White Album' dos Beatles, cala a boca!" Mesmo sendo um trabalho marcado por desentendimentos e disputas, ele reconhece o valor artístico do álbum e tem carinho especial por algumas faixas.
Entre suas próprias composições, "Blackbird" se destaca como sua favorita, ressalta a Far Out. Inspirada na luta pelos direitos civis nos Estados Unidos, McCartney compôs a música pensando nas mulheres negras que enfrentavam discriminação. "Eu pensei que seria muito bom escrever algo que, se chegasse a alguma dessas pessoas que estavam passando por esses problemas, pudesse dar um pouco de esperança. Então escrevi 'Blackbird'", explicou o músico.

Apesar da relação conturbada com Lennon na época, McCartney também tem apreço por algumas das canções do ex-parceiro. "Julia", por exemplo, sempre o emocionou. "É sobre a mãe com quem ele não pôde viver. Então eu amava a poesia dessa música, porque eu o acompanhei algumas vezes para visitar Julia, e sabia o quanto ele a amava profundamente", relembrou Paul.
Outra faixa de Lennon que McCartney considera especial é "Happiness Is a Warm Gun". A gravação da música foi um dos raros momentos de colaboração genuína entre os quatro Beatles durante as tensas sessões do álbum. "É simplesmente uma grande poesia", elogiou McCartney, reconhecendo a força da composição.

Embora o "Álbum Branco" tenha simbolizado o início do fim da banda, McCartney não vê apenas os problemas daquele período. Para ele, o álbum é uma coleção de músicas excepcionais, nas quais cada integrante trouxe seu melhor, mesmo quando a convivência estava longe de ser harmoniosa.
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