Far Out elege o pior single do Pink Floyd: "Genérico, sem alma, polido e sem ousadia"
Por Gustavo Maiato
Postado em 24 de abril de 2025
Entre as muitas fases do Pink Floyd, poucas dividem tanto os fãs quanto a que se seguiu à saída de Roger Waters. A era comandada por David Gilmour, iniciada oficialmente com o álbum "A Momentary Lapse of Reason" (1987), marca um período de reinvenção — ou, segundo a crítica da revista britânica Far Out, de perda de identidade.
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Em um artigo publicado em março de 2025, o jornalista Tom Phelan não poupa palavras ao eleger "One Slip" como o pior single da história da banda. Para ele, a faixa simboliza tudo que deu errado na nova encarnação do grupo: excesso de produção, ausência de substância e uma tentativa forçada de soar moderno sem convicção artística.
"One Slip" foi originalmente lançada como lado B do single "Learning to Fly", mas depois ganhou status de single oficial. Com sintetizadores datados, bateria eletrônica e letra genérica, a música carece de alma — e, principalmente, da densidade emocional e crítica social que caracterizavam a fase de Waters. "É uma simulação pesada de grandiosidade, mas que não oferece nada de comovente ou memorável", escreve Phelan.
Ao longo do texto, o autor reconhece que o álbum de 1987 vendeu bem e teve algum apelo na MTV, mas afirma que isso não o torna artisticamente válido. Para ele, "One Slip" representa a rendição do Pink Floyd ao som comercial e à estética polida dos anos 1980, distanciando-se completamente da ousadia que marcou álbuns como "Animals" e "The Wall".
A crítica também destaca o contraste com "Radio KAOS", disco solo lançado por Roger Waters no mesmo ano. Embora não tenha tido o mesmo alcance comercial, foi, segundo Phelan, "muito mais interessante, criativo e arriscado". Waters, segundo o autor, deve ter se divertido assistindo de longe o que chamou de "ladeira abaixo" do grupo que ajudou a transformar em lenda.
Ainda que Gilmour tenha retomado parte da magia no álbum seguinte, "The Division Bell" (1994), e mais tarde em "The Endless River" (2014), "One Slip" permanece, para muitos críticos, como o símbolo do vácuo criativo deixado pela saída de Waters. Uma faixa que tenta soar como Pink Floyd, mas sem a alma, sem o conflito — e sem a coragem de desafiar o ouvinte.
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