A única ocasião em que Paulo Ricardo abre exceção para responder críticas na internet
Por Gustavo Maiato
Postado em 21 de maio de 2025
Ativo nas redes sociais, mas cauteloso ao interagir com críticas, Paulo Ricardo revelou em entrevista recente à Rádio Rock Goiânia que evita responder comentários negativos, especialmente quando percebe que se tratam de ataques pessoais ou mensagens anônimas. "Eu jamais respondi haters. Acho que eles nem deveriam estar ali. Porque, se o cara já me odeia — o nome já diz — o que ele vai me seguir? Não faz sentido."


Segundo o cantor, a única situação em que ele abre exceção para interagir é quando sente que o comentário vem de um lugar legítimo, de alguém realmente interessado em seu trabalho. "Quando há algum questionamento, alguém diz: ‘Mas essa música você já não tinha regravado?’, eu respondo. Quando percebo que há um interesse genuíno."
Com décadas de carreira e uma base de fãs diversa, Paulo Ricardo reconhece que a internet mudou a forma de se comunicar com o público — e nem sempre para melhor. "Com a fragmentação da internet, tudo fica muito mais nichado. Então, de certa forma, você já está falando pra sua tribo. A gente tem que ter cuidado para não pregar só para convertidos, tem que tentar ampliar o diálogo, o debate."

O músico também expressou preocupação com o crescimento da agressividade nas redes, especialmente em períodos politicamente conturbados. "Principalmente de 2022 para cá, às vésperas da eleição, a gente viu surgir uma loucura, um ódio, uma animosidade... As redes sociais viraram arena de embates."
Além disso, ele destaca a dificuldade de identificar quem está por trás das mensagens. "Nós leigos já não sabemos mais se é um robô do Paquistão ou se são pessoas mesmo ali. Você vai no perfil da pessoa e é claramente inexistente. Não tem post, não tem foto, não tem seguidor. São os chamados bots."
Apesar disso, Paulo Ricardo afirma que ainda acredita na crítica construtiva, especialmente quando parte de fãs que acompanham sua trajetória. "Ainda existe a boa crítica. O fã que tem suas preferências. Eu já gravei com Toquinho, regravei Roberto... As pessoas têm suas fases favoritas, e manifestam. Isso é legítimo."

Para ele, o que não pode ser ignorado é a violência digital, que se espalha com rapidez e impunidade. "A internet cria uma sensação de impunidade. Qualquer um pode dizer qualquer coisa e nada vai acontecer. Fica sendo uma arena de muito baixo nível."
Confira a entrevista completa abaixo.

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