Como Rob Halford escondia letras gays nas músicas do Judas Priest
Por Emanuel Seagal
Postado em 18 de maio de 2025
Em 1982, o Judas Priest lançou seu oitavo álbum, "Screaming For Vengeance", ganhando disco de platina no Canadá e nos Estados Unidos. No ano seguinte, retornaram à Ibiza para gravar "Defenders of the Faith" com intuito de aproveitar a onda de sucesso do disco anterior. O plano deu certo, mas, como Rob Halford conta em "Confesso", sua autobiografia lançada no Brasil pela editora Belas Letras, o novo material não escapou de polêmicas.
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No livro, Halford admitiu que a faixa "Jawbreaker" foi um dos seus "truques" de esconder uma letra gay no disco. "É uma música sobre um pau gigante, prestes a gozar, e poderoso o suficiente para, bem, quebrar o queixo de qualquer cara que tentasse encará-lo", afirmou. Incerto sobre qual seria a reação dos seus colegas de banda se contasse que a letra falava sobre uma jeba gigante, Halford preferiu guardar essa informação para si.
Apesar dos excessos comuns nos bastidores do rock, o cantor disse levar suas letras muito a sério, e, portanto, as escrevia somente quando sóbrio e focado, mas abriu uma exceção ao escrever "Eat Me Alive", faixa incluída na lista de "15 músicas sujas" do Centro de Recursos Musicais para Pais, organização estadunidense co-fundada por Tipper Gore, esposa do ex-vice-presidente Al Gore. Além do Judas Priest, nomes como Black Sabbath, Def Leppard e Mercyful Fate também foram alvos da organização.
Sabemos que a letra de "Jawbreaker" fala de um cambão imenso, embora trechos como "mortal como a víbora espreitando de sua espiral" e "o veneno está fervendo" não sejam tão explícitos. O que poderia ser pior em "Eat Me Alive", além do seu título "Me Coma Vivo"? Dois objetos fálicos? Felizmente, não, pois estamos ficando sem sinônimos para genitália por aqui.
"Com a cabeça cheia de cerveja e vinho, decidi que 'Eat Me Alive' deveria ser sobre as alegrias de se receber um bom boquete", contou Halford no livro. "Eu escondera dos outros caras o significado de algumas das nossas músicas, mas eles não tiveram dúvida do que essa aqui tratava! Na verdade, quando acrescentei o fato de que o cara recebendo o boquete tinha uma arma apontada para a cabeça do outro, além de uma metáfora bem vívida — 'o esguicho do cilindro de metal'! —, eles se mijaram de tanto rir!", concluiu.
Para ler essas e outras histórias de Rob Halford, adquira o livro "Confesso", clicando aqui.
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