Rick Rubin sobre System of a Down: "Eu ri o show inteiro! Era absurdo! Mas eu amei!"
Por André Garcia
Postado em 16 de maio de 2025
O rock atingiu um de seus pontos mais altos em 1991, com lançamentos como "Nevermind" (Nirvana), "Use Your Illusion" (Guns N' Roses), "Bad Motor Finger" (Soundgarden), "Ten" (Pearl Jam), "Blood Sugar Sex Magik" (Red Hot Chili Peppers), "No More Tears" (Ozzy Osbourne), "Black Album" (Metallica)…
A partir dali, no entanto, principalmente após a morte de Kurt Cobain em 1994, na segunda metade da década de 90 o rock foi só ladeira abaixo: era o Metallica "vendido", Iron Maiden e Judas Priest sem Bruce Dickinson e Rob Halford, Red Hot flopado… até os emergentes Green Day, Oasis e Blur entraram em baixa no final da década.
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O rock enquanto música mainstream no começo dos anos 2000 se apoiou muito nas bandas indie que vieram na esteira do The Strokes, como White Stripes; e também as bandas de nu metal, como Korn, Limp Bizkit e Slipknot.
Quem pegou carona na onda do nu metal foi o System of a Down, que fazia algo muito diferente de uma mera mistura de rap e rock pesado. Com guinadas súbitas e radicais, eles usavam e abusavam de elementos musicais de seu país, a Armênia. Essa combinação conquistou a muitos, mas tiveram também aqueles que nunca levaram eles a sério.

Em vídeo disponível no YouTube Rick Rubin — produtor de todos os cinco álbuns de estúdio do SoaD — relembrou qual foi sua reação ao conhecer a banda:
"Com o System of a Down, eu não conseguia… não acho que algum dia pensei que aquilo fosse se tornar popular. Nenhuma das bandas, nenhum dos artistas com quem trabalho, eu penso 'Isso vai ser popular'. Não seria realista, sabe?"
"Quando vi o System of a Down tocando no Viper Room para 200 pessoas enlouquecidas, e eles fazendo aquelas danças populares armênias no meio de um som pesado de metal… eu ri o show inteiro! Era absurdo… mas eu amei!"
"Mesmo assim, [olhar para aquilo e] pensar 'Isso vai ser grande' era impossível. Pensar uma coisa dessas seria insano, só que eu amei. Então fazia sentido [que eu produzisse eles]. Fazia sentido por causa da emoção, mais do que por pensar 'Onde [no mercado fonográfico] isso se encaixa?'. Eu nunca levo em consideração onde as coisas se encaixam. Até escrevi isso no meu livro: 'O público vem em último lugar' — e eu realmente acredito nisso."

O System of a Down não lança um álbum há 20 anos e tem passado longos períodos afastados dos palcos também por tretas internas com seu vocalista Serj Tankian.
Felizmente para os fãs, eles não só atualmente estão na ativa como acabaram de tocar no Brasil, em São Paulo, no autódromo de Interlagos. Seu épico setlist contou com nada menos que 38 músicas!

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