Lennon era o menos trabalhador da classe, diz Paul McCartney sobre seu parceiro nos Beatles
Por Bruce William
Postado em 11 de maio de 2025
Em 1984, enquanto promovia o álbum "Give My Regards to Broad Street", Paul McCartney abriu o jogo sobre sua antiga parceria com John Lennon. Quatro anos após o assassinato do ex-companheiro de banda, ele já se sentia mais livre para tocar em assuntos que antes evitava — inclusive para desmontar alguns mitos sobre o passado dos Beatles.
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Uma dessas questões era a forma como os dois eram vistos publicamente. Lennon, o mais intenso e profundo. McCartney, o mais doce e leve. "Meu personagem parece mais superficial, mas sei que não é. Eu falava com o John, ele não era mais profundo que eu. Éramos igualmente superficiais", disse Paul ao Washington Post, conforme reproduzido na Classic Rock.
Na mesma entrevista, ele aproveitou para cutucar o rótulo de Lennon como "working-class hero": "Se você olhar para a criação dele e para a minha, fomos formados de formas bem diferentes", explicou. "Minha infância foi calorosa, confortável, sem ser rica. A família do John era mais rica que a minha — ninguém sabe disso. John se vendia como o grande herói da classe trabalhadora, mas era o menos classe trabalhadora do grupo."
Paul também contextualizou o comportamento explosivo de Lennon. "O pai dele saiu de casa quando ele tinha três anos. Foi morar com os tios, o tio morreu... imagina o que passa na cabeça da criança. Depois a mãe foi morar com um garçom, e na época isso era visto como escândalo. Ele teve que criar uma casca. Se alguém viesse com alguma coisa, ele reagia com 'vai se ferrar, eu te acerto'. Isso vem da insegurança."
Mesmo com as diferenças, a amizade entre os dois se aprofundou quando ambos perderam suas mães ainda adolescentes. "Nos aproximou. Era uma coisa silenciosa, uma piscadela entre nós." Segundo Paul, a confiança era mútua, mas os elogios não. "Se você recebia uma migalha, um farelo de elogio do John, já era para ficar grato."
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